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Ressurreição de Krueger
Luís Felipe Soaes
Do Diário do Grande ABC
07/05/2010 | 07:00
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Um dos maiores ícones do cinema, o temível Freddy Krueger renasce no século 21 para aterrorizar uma nova leva de fãs em "A Hora do Pesadelo", que estreia hoje no Brasil e chega a quatro salas do Grande ABC. A produção aposta em boa dose de sustos para se destacar de outros remakes, mas o personagem principal segue linha diferente de sua figura original oitentista.

A refilmagem do clássico homônimo de 1984, com direção de Wes Craven, se passa nos dias atuais e mostra um grupo de jovens que começa a ter pesadelos com a presença de uma macabra figura. Eles são atacados por Krueger enquanto dormem e não podem fazer nada para impedí-lo de torturá-los e assim ele segue matando um a um.

Em meio aos acontecimentos, a adolescente Nancy luta contra o próprio sono e tenta descobrir quem é esse homem e qual a ligação existente entre as vítimas. Caso não consiga uma maneira de pará-lo, ela será a próxima presa.

O elenco pouco conhecido das vítimas não importa. Quem rouba a cena é Krueger e suas famosas lâminas nas pontas dos dedos. Passados mais de 20 anos desde o lançamento do filme original, as cenas de morte e aparição do perverso assassino ficaram muito mais elaboradas e - por que não? - divertidas. Não faltam litros de sangue e cenas de tensão dignas de prender o público na cadeira.

Mas os fãs da primeira versão do longa podem se decepcionar com a nova personalidade do protagonista, agora interpretado por Jackie Earle Haley (o Rorschach, de "Watchmen - O Filme"). Criado por Craven, uma das grandes mentes por trás do terror cinematográfico moderno, o personagem aposta em postura mais séria e procura mostrar seu ódio pelas vítimas a todo o momento. A característica é bem diferente do sarcástico e debochado vilão imortalizado pelo ator Robert Englund na cinessérie anterior. Até a feição de sua cara derretida e desconfigurada está mais compenetrada.

A preocupação de "A Hora do Pesadelo" é mostrar a origem de tudo o que acontece na Rua Elm. A história que envolve o motivo por trás dos assassinatos chega a ser mais interessante do que a perseguição aos jovens. Mas remexer o passado faz com que novos acontecimentos - e outros filmes - venham a surgir.




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