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Justiça vai definir guarda de bebê abandonado em Mauá
Deh Oliveira
Evandro de Marco
15/05/2009 | 07:39
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A Vara da Infância e Juventude de Mauá vai definir se o recém-nascido deixado em uma caixa de papelão na noite de quarta-feira na Rua Dona Elvira Vitale Aletto, no Jardim Itapark, voltará aos braços da mãe, que se diz arrependida do que fez.

O bebê, nascido no domingo, Dia das Mães, foi abandonado no local pela empregada doméstica Elizete Pereira Damasceno, 23 anos. Ela tinha escondido a gravidez de seus familiares e dos patrões, que moram no bairro Perdizes, em São Paulo.

O recém-nascido foi encontrado pelo cabo da Polícia Militar Haroldo Vasconcelos, 47 anos, morador da rua. A mulher do policial disse que sentiu as pernas tremerem quando percebeu que era uma criança. "Quando eu olhei, minhas pernas ficaram moles. Uma pessoa tem de estar muito desesperada para fazer isso", avaliou.

O local onde Elizete deixou o bebê fica a cerca de 30 metros da casa do irmão dela, o operador de máquina Nivaldo Pereira Damasceno, 44 anos.

O menino nasceu na noite de domingo, na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. A mãe e o bebê deixaram o hospital no início da noite de anteontem e seguiram de trem até Mauá. Da estação ferroviária da cidade, eles foram de táxi até a casa do irmão de Elizete. Antes, ela deixou a criança próxima a uma casa vizinha.

"Ela estava estranha, mas dizia que era apenas cansaço. Chegou e saiu, dizendo que precisava telefonar, mesmo eu oferecendo o telefone de casa para ela", contou a cunhada de Elizete, Ildene Pereira Damasceno, 40.

Da casa do irmão, a mãe observava o local onde o filho estava. O recém-nascido ficou no local aproximadamente 25 minutos, até ser encontrado pelo policial.

A criança foi levada para o Hospital Doutro Radamés Nardini, onde passou por avaliação médica e ficou sob custódia do Conselho Tutelar. Ontem, o órgão elaborou relatório sobre o caso para encaminhá-lo à Vara da Infância e Juventude avaliar o caso.

O irmão de Elizete e sua mulher se comprometeram a ficar com a tutela do recém-nascido. A atitude da doméstica surpreendeu seus familiares, que a classificaram como uma pessoa trabalhadora e responsável.




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