Cinco seringueiras plantadas no quintal da Escola Estadual Adamastor de Carvalho, no bairro Utinga, em Santo André, têm tirado o sossego dos moradores das ruas Bogotá, Bruxelas e Atenas, próximas à unidade de ensino. As raízes das árvores estouram as calçadas, e os galhos atravessam a rede elétrica do quarteirão e provocam curto-circuitos.

Moradores reclamam, ainda, que as folhas entopem as calhas das casas, e o volume das copas encobre a iluminação dos postes públicos. Os problemas, segundo eles, se intensificam quando chove.

"Por causa do vento e da chuva, no último sábado caiu um galho no portão da casa da minha mãe e amassou o carro parado na garagem (na Rua Bogotá). Não foi um acidente da natureza é uma tragédia anunciada. O que falta acontecer para que se tomem providências?", questiona a instrumentadora cirúrgica Rita de Cassia Piai, 49 anos.

No mesmo dia houve um curto-circuito na fiação da rede e a população do quadrilátero da escola ficou com o fornecimento de energia elétrica suspenso por quase seis horas.

O quintal da dona de casa Irene de Matos Silva, 68, moradora da Rua Bruxelas teve de ser reformado. "A raiz invadiu a parte subterrânea da casa e levantou o cano de água, que começou a vazar. Tivemos de serrar o tronco e emendar o cano", contou.

A Secretaria Estadual da Educação informou que as cinco árvores condenadas serão cortadas, mas que será necessária abrir uma licitação pública para efetuar o serviço. No entanto, de acordo com o Estado, haverá a retirada emergencial da árvore que está afetando a Rua Bruxelas, onde houve a queda dos galhos no último sábado. A secretaria não divulgou prazos.

A AES Eletropaulo respondeu que só atua com podas mediante solicitação da Prefeitura, o que não ocorreu. A administração, por sua vez, informou que não pode atuar dentro de equipamentos públicos que não pertençam ao município, e tal área é de responsabilidade do Estado.