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Tucanos paulistas tentam antecipar mudanças na executiva
Do Diário do Grande ABC
13/02/2000 | 20:07
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De forma inesperada, começou a disputa para a renovaçao da Executiva Nacional do PSDB, que ainda tem mais um ano de mandato. Mas os tucanos paulistas estao tentando mudar a direçao nacional do partido no próximo mês de maio. Ou seja, um ano antes do previsto.

O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, José Aníbal, um dos mais influentes caciques do PSDB, resolveu colocar o debate na pauta política do partido, pegando de surpresa toda cúpula tucana e até mesmo o presidente da legenda, senador Teotônio Vilela Filho (AL).

"Curiosamente, nao vejo mobilizaçao para que se faça a convençao nacional do partido em maio", cobra José Aníbal. "É bom lembrar que no ano passado, o Teotônio já teve o seu mandato prorrogado, sendo reeleito para um mandato tampao de um ano." Para o secretário tucano, o partido nao pode recuar de sua intençao original. "O PSDB precisa mostrar a sua cara", afirma.

A posiçao de José Aníbal acabou assustando os tucanos do resto do País. Isso porque no ano passado, Teotônio Vilela aceitou ficar na presidência do partido por mais doze meses, apesar do mandato ser de dois anos. Mas logo depois, ficou acertado de que ele permaneceria no cargo durante todo o mandato.

A avaliaçao feita por integrantes do partido é que a retomada dessa disputa é o resultado do crescimento nas pesquisas do presidente Fernando Henrique Cardoso. "Durante a crise, ninguém queria assumir o PSDB; mas agora todo mundo está de olho", lembra um influente tucano.

Há quatro anos no comando do partido, o senador alagoano, ficou surpreso com a postura de Aníbal. "Nao acredito nisso, porque nao tem nenhum convençao marcada", rebate Teotônio. Mesmo assim ele admite abrir mao de um ano de seu mandato.

"Já estou há muito tempo na presidência do PSDB", explica. "Tenho mais um ano, porém, abro mao se for para fazer uma coisa interessante para o partido", completa ele.

Antes do debate ganhar as páginas dos jornais, alguns paulistas já começam a mobilizar nos bastidores o nome do deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) para disputar o comando da legenda. Nesse caso os tucanos dos demais Estados reuniriam forças para emplacar o ministro das Comunicaçoes, Pimenta da Veiga.

Mas a grande dificuldade para Pimenta seria conciliar a presidência do partido com um cargo no primeiro escalao federal, apesar de nao existir nenhuma proibiçao no estatuto tucano.




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