Até ontem, cinco deputados já haviam apresentado oficialmente seus nomes, sendo dois do PMDB, um do PP, um do Solidariedade e um do PTN. Dos cinco, dois são adversários de Cunha: Fausto Pinato (PP-SP), que foi destituído da relatoria do processo contra o peemedebista no Conselho de Ética, e Marcelo Castro (PMDB-PI), ex-ministro da Saúde do governo Dilma Rousseff.
"Ele diz que é para verificar se o PMDB deve entrar, se tem de fato chance", afirmou um deputado que integra o grupo. Segundo integrantes da bancada, Cunha está "mais para o lado do Centrão do que do próprio PMDB". De acordo com outro deputado da bancada, nas mensagens Cunha diz que a eleição deve ser o mais breve possível. Lembra que o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), enfrenta um processo de cassação dentro do PP, e que isso poderia abrir um nova disputa na Mesa para o cargo de primeiro-vice-presidente da Casa.
Apesar de sempre ter feito parte do grupo de mensagens, Cunha tinha uma participação esporádica. Segundo relatos, ele postava apenas notas, que distribuía à imprensa, para conhecimento prévio dos colegas.
Cunha passou o dia ontem na residência oficial da Câmara. Até o fim da tarde, o movimento no local foi apenas de servidores. "Ele ficou em casa, mas me ligou à tarde para dizer que não ia querer participar das discussões sobre a disputa pela presidência da Câmara. E que queria voltar às atividades para resgatar a sua vida", afirmou o líder do PTB, Jovair Arantes (GO), aliado do peemedebista.
Ao ser informado sobre a troca de mensagens, Jovair disse: "Ele é ativo politicamente, mas me disse que não vai se meter". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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