Após doze dias perambulando pelos telhados das casas do Jardim do Estádio, em Santo André, o macaco-prego apelidado de Chico pelos moradores foi resgatado e encaminhado ao Parque Ecológico do Tietê, localizado na Capital.

Depois de a Polícia Militar Ambiental e o Corpo de Bombeiros tentarem capturar o animal sem sucesso, no dia 29, os moradores do entorno foram avisados para tentar atrair o animal com frutas.

A tática deu certo na quarta-feira. A moradora Ana, da Rua Oito de Fevereiro – uma travessa da Carijós, onde Chico foi visto pela primeira vez –, espalhou algumas frutas dentro de um dos cômodos de sua residência. Assim que Chico apareceu em busca de comida, ela fechou a janela e a porta e avisou o vereador Roberto Rautenberg (PRB), que já sabia do caso e estava em contato com a comunidade local.

“Fomos até lá para colocá-lo em uma gaiola de transporte. O bom é que não precisamos usar medicamentos ou dardos tranquilizantes, que poderiam afetar a saúde do bicho”, diz o vereador.

Ainda de acordo com ele, mesmo dentro do quarto, não foi fácil pegar Chico. “Ele é muito esperto e ágil. Estávamos eu, a moradora e uma veterinária e, mesmo assim, demoramos um pouco para pegá-lo.”

O macaco foi encaminhado para o Parque Ecológico do Tietê, local de proteção ambiental de responsabilidade do Estado, e receberá cuidados veterinários para ser devolvido à natureza. A reportagem do Diário tentou conversar com a moradora, porém, ela não foi localizada até o fechamento desta edição.

FUJÃO

O macaco-prego Chico apareceu pela primeira vez no dia 25, na Rua Carijós, no mesmo bairro.

Os moradores rapidamente se afeiçoaram ao bicho, que passeava pelos telhados das casas, e passaram a alimentá-lo com frutas.

Rautenberg afirma ainda que, mesmo sendo amigável, animais silvestres como Chico não devem ser criados em casa. “Esse macaco precisa ter espaço para viver, e encontra isso na natureza. Não foi feito para ser criado em casa, tem que ficar no seu habitat natural.”