Queda mais do que anunciada. A saída previsível de Emerson Leão agitou terça-feira o ambiente no Corinthians. O mais recente capítulo da crise alvinegra não chegou a pegar de surpresa nem os torcedores nem a imprensa. Afinal, a péssima campanha do time no Campeonato Paulista mantinha o técnico em uma espécie de insustentável fio da navalha. Nos bastidores do clube, até o nome de Carlos Alberto Parreira é citados para ocupar o pesado cargo que havia, nos últimos dias, deixado Emerson Leão tanto na mira dos dirigentes quanto dos torcedores. O atual desfecho seria inevitável.
Na manhã de terça-feira, o ex-comandante do Corinthians entrou no gramado, já sem o uniforme de trabalho, para se despedir dos jogadores. “Recebi um telefonema terça-feira à noite (segunda-feira) do Renato (Duprat, homem de confiança do presidente Alberto Dualib). Hoje, tomamos café juntos e resolvemos tudo. Eles (da diretoria) entenderam que o melhor seria a minha demissão. É o que ocorreu sem nenhum problema”, esclareceu o treinador.
Em 46 jogos à frente do Corinthians, Leão conseguiu 22 vitórias, 13 empates e 11 derrotas – aproveitamento de apenas 57,2%. Também saem o preparador físico Fernando Leão e o assistente Pedro Santilli. O polêmico personagem fecha um ciclo – e provavelmente as portas – nos grandes paulistas.
Como aconteceu no Parque São Jorge, não faltaram desentendimentos nos tempos em que dirigiu o Santos, São Paulo e Palmeiras. “Diria que aqui encarei o trabalho mais complicado e arriscado que tive na carreira”, reconhecia, logo depois de alguns integrantes de uma das torcidas organizadas invadirem o gramado para protestar contra a má fase do time.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.