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Brasil faz clássico sem glamour
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
14/09/2011 | 07:22
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Ofuscados atualmente pelos resultados pouco convincentes em amistosos e por terem sido meros coadjuvantes na última Copa América, vencida pelo Uruguai, Brasil e Argentina se enfrentam hoje, às 21h50, em Córdoba, no primeiro jogo do batizado Superclássico das Américas, antiga Copa Rocca, sem o charme tradicional. A partida será realizada no Estádio Mário Kempes.

Outros dois detalhes tiraram o brilho do encontro de forças. Um deles é que o torneio reúne apenas atletas que atuam em seus respectivos países. Assim, quem esperava ver duelo entre Lionel Messi e Robinho terá de se contentar com caras novas, como Casemiro e Leandro Damião. Outro aspecto que torna a partida menos atraente é que os argentinos não contarão com seus principais ídolos locais, Riquelme e Verón, contundidos.

Assim, as lentes devem estar voltadas para Ronaldinho Gaúcho e Neymar pelo que vêm jogando em seus respectivos clubes, Flamengo e Santos. A dupla foi o destaque na vitória (1 a 0) brasileira no amistoso contra Gana.

Nos últimos dias, em solo argentino nada de bandeiras ou outros apelos que sempre deram o tom da rivalidade entre as seleções nos últimos anos. Nem mesmo as costumeiras declarações polêmicas. A imprensa portenha, por exemplo, deu destaque em seu noticiário esportivo ao título conquistado pelo país no Pré-Olímpico de Basquete Masculino e para a liderança do Boca Juniors no Torneo Apertura.

DESCONFIANÇA

A partida, caso haja um vencedor, pode servir ainda para diminuir um pouco a desconfiança de brasileiros e argentinos sobre os técnicos Mano Menezes e Alejandro Sabella. Este último substituiu Sergio Batista recentemente e vai para seu terceiro jogo à frente dos hermanos.

O pouco interesse se explica pelo fraco papel das duas seleções na última Copa do Mundo e na Copa América. No torneio continental, os dois países foram eliminados nas quartas de final. A segunda partida do Superclássico será realizada no dia 28, em Belém (PA).

Cortado, Fred afirma que podia jogar

Cortado da Seleção Brasileira em virtude de edema na coxa direita, o atacante Fred deixou a concentração no Hotel Sheraton de Córdoba contrariado e disse que poderia enfrentar a Argentina e que ainda hoje volta a treinar no Fluminense.

Fred disse que o edema, diagnosticado em ressonância magnética, feita ontem pela manhã, não o impediria de treinar e jogar, mas houve consenso entre os departamentos médicos do Fluminense e da Seleção de que seria melhor preservá-lo. Fred ainda insistiu para ficar, mas não teve o pedido atendido.

"Nós, jogadores, estamos acostumados a viver com essas dores. Passei para eles que por mim treinaria e jogaria, mas pelo exame realizado era melhor não forçar. Se fosse uma final de campeonato, até seria justo. Mas pediram para eu dar uma segurada", disse. Depois completou: "Fiz de tudo, forcei para vir para ver se eu treinaria hoje (ontem) para ir ao jogo. Estou me sentindo melhor do que antes. O mais importante é que para domingo (contra o Bahia) não vai (a contusão) me preocupar. Amanhã (hoje), espero voltar aos treinamentos normalmente no Fluminense."

A julgar pelos trabalhos comandados por Mano Menezes, a indicação era de que Fred seria reserva de Leandro Damião. Mesmo assim, o atacante se mostrou abalado pelo corte. "É péssimo vir para cá e não jogar, é triste. Viajei várias horas para estar aqui. Não jogar é complicado."




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