Um mês após a promessa de que as contas do Hospital Puer, antiga Maternidade Neomater, estariam regularizadas até junho o local segue com problemas financeiros. Os cerca de 320 funcionários do espaço estão com dois salários vencidos e sem receber cesta básica e vale-transporte.

A abertura do Hospital Geral para ampliar o leque de atendimentos e acertar o caixa do local ainda não rendeu frutos. Segundo trabalhadores, o Puer segue sem contratar serviços para outras áreas. "Não temos nem clínico geral atendendo ainda. A previsão é de que contratações devem acontecer na próxima semana. Fomos iludidos", diz um trabalhador que, temendo retaliação, prefere não se identificar.

A demora na regularização dos benefícios também é motivo de reclamação. "Estou aqui há oito meses e só recebi a cesta um mês. Gasto R$ 17,50 de transporte todos os dias e só pego o dinheiro depois. Tenho de recorrer a alguém para conseguir chegar ao trabalho", completa o servidor. Mesmo sendo descontado nos últimos holerites, o convênio médico também continua bloqueado por falta de pagamento.

PROBLEMAS - Cerca de 70% dos servidores do Puer receberam na semana passada os vencimentos de março. No entanto, os problemas financeiros fizeram com que o resto dos trabalhadores ficasse sem o provimento. De acordo com funcionários, não há prazo para o recebimento. Questionada ontem por e-mail e telefone, a administração do local não se manifestou.