Política Titulo Só antecipou
Bonome deixaria governo
mesmo sem candidatura

Ex-secretário explica que ' houve alteração na forma
de administrar' de Aidan Ravin nos últimos cinco meses

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
15/02/2012 | 07:39
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O pedido de exoneração do então secretário de Gabinete de Santo André, Nilson Bonome (PMDB), em função do lançamento de pré-candidatura própria a prefeito, só antecipou situação que se concretizaria hoje. O peemedebista sustenta que "houve alteração na forma de administrar" do prefeito Aidan Ravin (PTB), a qual não concordava, criada nos últimos cinco meses. "Sempre houve atendimento imediato (do petebista), mas mudou a relação e ficou difícil a interlocução."

Bonome confirma reportagens do Diário que relatavam o estremecimento. Depois de três anos, Aidan considerou eleitoralmente prejudicial o status adquirido pelo ex-secretário por conta da série de atribuições cedidas a Bonome, culminando na liderança de ações do Paço. Por isso, resolveu ‘cortar as asas do homem-forte' ao puxar as rédeas da gestão, tirando-lhe algumas de suas funções.

Sem entrar em detalhes, Bonome alegou que nunca desrespeitou a hierarquia, ponderando, porém, que a Pasta "tem de ficar lado a lado" do prefeito, o que mudou após o conflito. "Houve distanciamento concreto, nutrindo a premeditação do desligamento."

REUNIÃO

Após o vice-presidente da República, Michel Temer, reabrir a possibilidade de diálogo com Aidan, Bonome teve ontem encontro com o presidente estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, para deliberar sobre os rumos do partido. A executiva ratificou o voo solo na cidade e marcará coletiva de imprensa até o fim do mês para afiançar a candidatura.

Segundo Bonome, a única chance - considerada mínima - de reversão do pleito seria caso houvesse "grande interferência" da nacional vinculando a aliança em Santo André com cidades importantes. "Tem ações políticas entre PTB e PMDB, como na Capital, de compor com o (deputado federal) Gabriel Chalita, indicando o vice. Mas a hipótese está bem longe."

O ex-secretário pretende ter audiência até o dia 15 de março com Temer para relatar sobre os 60 dias que determinaram o rompimento no Paço. "Acredito que, com isso, ele mudará de pensamento sobre retomar diálogo com o governo."




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