Atualizada às 15h12

Os bombeiros retiraram por volta das 14h o corpo de Vanda Maria Martins Domiciano, de 54 anos, dos escombros da Igreja Assembleia de Deus Madureira – campo Taboão, no Eldorado, em Diadema. 

O corpo foi encontrado por volta das 11h40. Uma viga estava em cima da vítima, que provavelmente morreu logo após a estrutura esmagá-la. As equipes trabalharam quase 24 horas para localizar a fiel, que participava da chamada tarde de oração quando a igreja ruiu.

A operação contou desde o início desta manhã com 50 bombeiros e quatro cães farejadores. Os três filhos da vítima acompanharam a ação. Mais cedo, o tenente-coronel do 8º GB (Grupamento de Bombeiros) Roberto Nauhmeirf Filho, havia afirmado que a corporação tinha esperança de localizar a mulher com vida.

Por volta das 4h, outros dois homens foram retirados dos escombros. Eles têm 23 e 44 anos e foram levados por helicópteros para os hospitais das Clínicas, na Capital, e Mário Covas, em Santo André. Ambos estão em estado grave, mas foram levados com consciência para os hospitais. Eles já haviam sido localizados ontem.

O delegado titular do 4º DP (Eldorado) de Diadema, Miguel Ferreira da Silva, afirmou que a perícia será convocada e os responsáveis pela igreja e testemunhas serão ouvidas. Só depois do laudo policial – ainda sem previsão - será possível fazer os devidos apontamentos.

Acidente - A lage da igreja, localizada na Rua Jacarandás, número 32, desabou e feriu sete pessoas. Seis foram soterradas e uma mulher de 35 anos foi atingida por escombros.

O local passava por reforma e, de acordo com a Prefeitura, os trabalhos não tinham autorização. A secretária de Assistência Social e Cidadania e chefe de Gabinete de Diadema, Regina Gonçalves, destacou que a administração do prefeito Lauro Michels (PV) notificou a igreja na segunda-feira sobre a falta de documentação necessária para as intervenções: alvará de aprovação e execução da obra. 

De acordo com o porta-voz da igreja, Kaique Nicolau de Lima, a obra da unidade estava paralisada há 15 dias por recomendação da sede da Assembleia de Deus. Ele não soube precisar quais intervenções estavam sendo realizadas no local nem há quanto tempo.

Segundo o delegado titular do 4º DP, cerca de 15 pessoas participavam do chamada tarde da libertação na unidade durante o desabamento, sendo que parte dos fiéis estava conversando do lado de fora da igreja. Os demais, que não foram atingidos pela queda da laje, conseguiram sair por portão lateral assim que ouviram o barulho e perceberam a movimentação dos escombros. “O que se sabe é que havia alguns funcionários removendo terra da obra. Vamos abrir inquérito para apurar as responsabilidades”, disse. (Com informações de Daniel Macário e Nelson Donato)