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Trabalho distorcido

Os trabalhadores metalúrgicos estão indignados com a atuação do sindicato da categoria

Beto Silva
14/06/2016 | 07:07
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Os trabalhadores metalúrgicos estão indignados com a atuação do sindicato da categoria. Segundo alguns relatos feitos ao Diário, as montadoras da região colocam os funcionários em lay-off (suspensão temporária do contrato), em afastamento, em férias coletivas, muitas delas aderiram ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), o que diminuiu os salários, abriram PDV (Programa de Demissão Voluntária) ou mesmo cortaram centenas de colaboradores nesses últimos meses. E a entidade que representa os metalúrgicos, o que faz? Abre a sede para discursos políticos, como o que ocorreu dias atrás ao pré-candidato ao Paço de São Bernardo pelo PT, Tarcisio Secoli. “Ao invés de batalharem pela manutenção de nossos empregos nesta época difícil de crise, o sindicato está mais preocupado com a eleição. Tem muita gente descontente com essas atitudes”, disse um funcionário da Volkswagen, que prefere não se identificar. De fato, há muito tempo as entidades de classe são usadas para fins outros, que não sua finalidade principal, de apoio às causas do proletariado. Modificam seu caráter efetivo para servir de base a partidos e políticos, sendo que os funcionários que deveriam ser representados muitas vezes são simpáticos a outras legendas ou mesmo não gostam de política. O chão de fábrica é plural e assim tem de ser tratado e respeitado. É certo que o Sindicato dos Metalúrgicos tem relação umbilical com o PT, desde a concepção da sigla. Mas não se pode desviar da atribuição de origem e dar mais espaço a atividades políticas.

Porta fechada
Presidente do PSB de São Bernardo, o vereador Antônio Cabrera antecipou-se à convenção partidária e anunciou que os socialistas vão sozinhos na chapa proporcional na eleição de outubro. A decisão irritou o deputado federal Alex Manente (PPS), pré-candidato a prefeito, que esperava usar a força da legenda de outra maneira. Com isso, Cabrera, que era cotado para ser vice do popular-socialista, fechou sua porta na dobrada. Ele também seria coordenador das coligações de aliados rumo à Câmara. Agora, ficam na disputa pela vice de Alex o advogado Luís Ricardo Davanzo (PRB), o ex-vereador e ex-secretário de Educação Admir Ferro (PTB) e, com menos chances, mas ainda assim na disputa, os vereadores Rafael Demarchi (PRB) e Fábio Landi (PSB).

Agenda democrata
Presidente do DEM de São Bernardo, o vereador Mauro Miaguti já afirmou que deixa a base governista e migra para a oposição na disputa eleitoral. Até o fim do mês o democrata anuncia em qual raia estará em outubro: com Alex Manente (PPS) ou com Orlando Morando (PSDB). As negociações estão a todo vapor. Miaguti vai para a reeleição ao Legislativo, mas diz que seu partido tem condições de indicar o vice de algum dos pré-candidatos a prefeito. Será?

PTB com Maninho
PTB de Diadema passou a ser presidido pelo advogado Edvaldo Lubeck. Na sexta-feira ele se encontrou com o deputado estadual Campos Machado, presidente paulista do partido. Ficou definido que a sigla caminhará na oposição ao projeto de reeleição do prefeito Lauro Michels (PV). Já está praticamente certo que os petebistas estarão com Maninho, pré-candidato do PT ao Parque do Paço.

Repercute
Ainda repercute a entrevista do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), ao Diário, em que critica os adversários Maninho (PT) e Vaguinho (PSB), além de afirmar que só perde para ele mesmo e a eleição deve ser definida no primeiro turno. Os rivais usam as declarações para motivar e inflamar a militância nesta pré-campanha. Enquanto os aliados do verde tentam minimizar os efeitos das análises do chefe do Executivo.




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