Setecidades Titulo Conscientização
Estudantes de creche realizam caçada ao Aedes aegypti
Nelson Donato
Especial para o Diário
09/06/2016 | 07:00
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Pincéis, pneus, garrafas cheias de água e até panelas. Esses objetos foram as pistas deixadas por versão gigante do Aedes aegypti para os alunos da creche Jorge Guimarães, situada na Rua dos Cocais, no Jardim Guarará, em Santo André. Os estudantes participaram de caça em busca do mosquito, representado por uma professora.

A atividade faz parte do programa Vida Saudável, elaborado pela professora Luciane Nunes Paronetti e do projeto Santo André & os Agentes Contra o Aedes, das secretarias de Educação e Saúde, em parceria com o Diário.

A brincadeira lúdica tem como objetivo fazer com que as crianças identifiquem com mais eficácia possíveis criadouros do vetor da dengue. A professora aproveitou o gancho das fortes precipitações dos últimos dias para relembrar os perigos da falta de conscientização. “Choveu muito e o que acontece com a água parada?”, questionou.

Atentos à pergunta, os alunos logo responderam que atrairia o mosquito da dengue. A partir daí começou a busca pelo mosquito e por possíveis focos do Aedes por toda a escola. A cada nova pista encontrada, Luciane mostrava aos pequenos as medidas que deveriam ser tomadas para evitar a procriação dos vetores, como não deixar pratos de plantas com água, tampar garrafas PET e não esquecer pneus expostos.

Depois de muita procura, os estudantes encontraram o ‘mosquitão’. Sem dúvida, a parte mais divertida foi quando a criançada atirou bexigas com água (que representavam inseticida) no ‘inimigo’. Depois de muitas risadas e músicas, foi a hora de retornar à sala de aula.

Feliz com os resultados alcançados e com a participação das crianças, a professora Luciane ressalta a importância da atividade. “É uma forma de conscientização muito bacana. Durante todas as etapas da caçada, eles estão aprendendo. Elas são muito participativas. Já passamos vídeos, encenamos peça teatral e fizemos rodas de conversas. Temos colhido frutos muito bons.”

A professora Angélica de Lourdes Furtado, que durante a caçada fez o papel do mosquito, exalta o retorno que os pais têm passado para os docentes. “É incrível ver os responsáveis chegarem aqui e dizerem que as crianças os corrigiram, que procuraram água parada por toda a casa. É muito gratificante. Eu brinco que nós, professores, temos de ser de tudo um pouco, pois os pequenos se espelham em nós. Por isso, é preciso amar o que fazemos.”

Projeto ajuda a melhorar hábitos em casa

O projeto Vida Saudável, idealizado pela professora Luciane Nunes Paronetti, foi a maneira encontrada pela docente para ensinar os alunos a adquirirem hábitos que fazem bem à saúde.

Por meio de rodas de conversa e atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo, a educadora espera obter bons resultados. “O principal objetivo da nossa iniciativa é melhorar a qualidade de vida dos alunos. Ao abordarmos temas como higiene e alimentação saudável, pensamos nas melhorias a serem alcançadas a longo prazo”, destaca.

Nos próximos meses, a professora já articula a criação de horta com legumes e verduras que irão compor o cardápio das crianças na unidade de ensino. “Já ensinamos os alunos a fazerem salada de beterraba e suco de melancia. Também já pedi para providenciarem rabanetes para iniciarmos o plantio. Estou animada”, diz.




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