O Conselho Superior do Ministério Público decidiu pelo arquivamento do inquérito para apurar supostas irregularidades na venda da Rua Domingos Megias Morgado, conhecida como Estacionamento 45º, pela Prefeitura de Ribeirão Pires.

A investigação estava sob análise do órgão que, a pedido da Promotoria de Urbanismo da cidade, optou pelo arquivamento do processo sob a argumentação de que a matrícula do terreno registra o local como estacionamento, e não bem público.

A justificativa é a mesma do prefeito Clóvis Volpi (PV) para vender a área - comprada em maio pela Lara - Central de Tratamento de Resíduos por R$ 1,5 milhão, em leilão no qual foi o único participante.

O MP abriu inquérito após representação do diretório municipal do PT, que não queria o fim do 45º, criada por Maria Inês (PT) na época em que comandou a cidade (1997-2004) como espaço de confraternização entre os jovens.

O local, situado entre as ruas Stella Bruna Cecchi Nardelli e Felipe Sabbag, no novo Centro, recebia críticas dos moradores devido ao tráfico de drogas e barulho - cercada por bares, o movimento na rua ia até de madrugada e incomodava os vizinhos.

Insatisfeitos, eles fizeram abaixo-assinado e levaram ao prefeito Volpi, que decidiu pela venda da área com o objetivo de aumentar a arrecadação e por fim ao problema.