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Faturamento da construção civil cai 31% na região
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
23/02/2010 | 07:00
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O setor da construção civil no Grande ABC perdeu parte de seu vigor em 2009, após forte crescimento no ano anterior. As empresas da região somaram no período faturamento de R$ 1,405 bilhão, cifra correspondente a queda de 31,5% frente a 2008. O número de lançamentos seguiu o ritmo com 4.919 novas unidades: redução de 46,1%.

Apesar do resultado, as perspectivas para 2010 são otimistas. "O mercado está ativo neste início de ano e as condições de financiamento para o consumidor são atrativas", sinaliza o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci. A meta será alcançar os resultados contabilizados em 2008, lançando 15% mais unidades neste ano.

Sobre o desempenho de 2009, o executivo justifica que as empresas adiaram parte dos lançamentos do primeiro para o segundo semestre. "Além disso, houve reflexo da crise financeira no País", acrescenta.

Mesmo assim, a média mensal de vendas na região ultrapassou os R$ 100 milhões. Até 31 de dezembro foram lançados 111 empreendimentos, sendo que 63 deles estão em construção, 43 na planta e cinco concluídos.

De acordo com a Acigab, para este ano está prevista a entrega de 2.467 unidades habitacionais. Em 2011, 1.690 famílias deverão ter nas mãos as chaves de seus imóveis e o mesmo ocorrerá com outras 1.833 no ano seguinte.

OPORTUNIDADE - O município de São Bernardo liderou o ranking de novos imóveis na região no ano passado. Devido à maior quantidade de terrenos, os são-bernardenses receberam 2.664 apartamentos, seguido por Santo André, com 1.135 unidades e São Caetano, totalizando 1.120.

A maior queda no volume de novas unidades colocadas à venda ocorreu em Santo André, cuja retração chegou a 60,8%. "Quando comparamos a construção de novos prédios, a cidade perde para São Bernardo. Enquanto São Caetano é muito pequena em relação aos demais municípios", explica Bigucci.

Durante o ano, o mês mais aquecido para comercialização de apartamentos foi setembro, atingindo 549 unidades e saldo de R$ 200 milhões. E o mais fraco para o setor foi janeiro - quando a maioria das pessoas estão viajando -, com 559 e faturamento de R$ 85,2 milhões.

VALORIZAÇÃO - O metro quadrado de área útil mais caro do Grande ABC continua sendo em São Caetano. A explicação é a menor disponibilidade de espaço para erguer novos edifícios residenciais. Aquele que estiver interessado em comprar imóvel na cidade terá que desembolsar entre R$ 3.800 e R$ 4.000 por cada metro.

Bigucci considera que Santo André e São Bernardo têm valores equiparados, que oscilam entre R$ 3.500 e R$ 4.000. "Atualmente, o valor de um apartamento no Rudge Ramos (São Bernardo) é semelhante a um localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo", destaca.

MOVIMENTO - Um indicativo de que o setor se recuperará é o movimento nos plantões de venda das construtoras. O presidente da Acigabc comenta que durante as visitas aos estandes de sua empresa, a M.Bigucci, os clientes sempre estão presentes em boa quantidade.




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