O conjunto de 34 itens que compõem a cesta básica registrou estabilidade nos preços em abril, na comparação com março. Isso é o que aponta a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

Enquanto em março o custo para a compra do kit era, em média, de R$ 542,13, neste mês o desembolso foi de R$ 539,55, economia de R$ 2,57 e variação negativa de 0,47%.

Enquanto a batata foi o item que apresentou a maior elevação de preços – ficou 10,78% mais cara –, o tomate foi o que apresentou maior alívio para o bolso, com queda de 18,47%.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá De Benedetto, o que se observou no mês passado foi uma alta excessiva dos preços, principalmente por conta das chuvas de fim de verão. Para ele, esse aspecto foi preponderante para a alta dos custos dos alimentos frescos – caso das frutas, das verduras e dos legumes. “A batata foi um dos itens que mais se destacaram neste sentido. Os preços baixos no ano passado desestimularam bastante os produtores, que diminuíram a quantidade cultivada. No entanto, o legume continuou com os preços altos em abril”, destacou.

Os outros produtos que mais encareceram foram os ovos (8,85%), o litro do leite (4,37%) e o feijão (5,81%). “Infelizmente, com a expectativa de seca para os próximos meses (outono e inverno), que exige a utilização de irrigação (hoje escassa), os preços do grão ainda devem seguir elevados”, explicou De Benedetto.

Por outro lado, diminuíram os custos da carne (-5,14%), do frango (-4,25%), e, do arroz (-2,58%). “Depois de começar o ano com preços muito altos, o que estimulou o plantio naquela época, o valor do tomate (18,47%) agora apresenta recuo, apesar do clima desfavorável.”