Memória Titulo Memória
História em construção
Ademir Medici
27/04/2016 | 07:00
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“A foto bem antiga de um animal dentro de um automóvel (Memória, 21 de abril) refere-se a um acidente ocorrido com o médico andreense Dr. Eugênio Ramires, pediatra com consultório na Rua Bernardino de Campos, Centro de Santo André.”

Neusa Longhin Di Curzio, de Santo André

“Estou surpreso, pois não tenho visto o nome do Sr. Sinésio Pinto Monteiro na série sobre a Receita Federal. Ele é pai do Sr. Epeus Pinto Monteiro e do Sr. Ícaro Pinto Monteiro, conhecidos em Santo André. Com certeza o Sr. Sinésio trabalhou muitos anos na Receita Federal, na Rua Cesário Mota, que eu me lembre, no caixa.”

Augusto Domingos Moretti, de Santo André

Chegamos ao fim da Segunda Semana Santo André 2016, na boa companhia do Dr. Wilson, que tantas imagens e informes confiou à Memória. Neste fim, algumas notícias.

A Receita Federal do Brasil em Santo André pretende organizar um memorial para contar a sua história. Fotos têm sido recolhidas. Já existe um acervo. Esperamos por novas notícias.

O arquiteto Euclydes Rocco Junior, na sua Semana Santo André, falou do ‘sputnik’ que era servido em estabelecimento da Rua Bernardino de Campos. Fomos até lá, em companhia do Dr. Wilson. Era uma sorveteria no térreo do Imposto de Renda.

– A rapaziada toda ia tomar o seu ‘sputnik’, que era feito com tônica, gim, um sorvete, tudo misturado – um tipo de caipirinha diferente. Vendeu muito, por volta de 1958, 1959, quando os russos lançaram o seu Sputnik.

A Inspetoria do Imposto de Renda em Santo André foi inaugurada entre 1949 e 1950, semente da atual Receita Federal do Brasil.

Era uma Santo André mais calma, quase interiorana. No Centro, os aparelhos estavam sempre ligados em emissoras como a Nacional, hoje Rádio Globo. Conta Dr. Wilson:

– Eu vinha a pé da Avenida Brasil, 37, para trabalhar; às vezes usava a bicicleta, às vezes vinha de ônibus.

– Certa vez roubaram a minha bicicleta. Fui descobri-la com o receptador lá pelos lados da Kowarick. Reclamei. Ele me devolveu.

– Mais recentemente furtaram o rádio do meu carro. Peguei o meliante na hora que saia do veículo. Reclamei. Ele se desculpou ao me reconhecer. Instantes antes, ele abordara algumas pessoas em uma banca de jornais. Havia lhe dado 25 centavos, o que tinha de trocado. Por causa dos 25 centavos, recuperei o rádio.

Os 103 anos de João Gava

Todas as atenções voltam-se hoje para a Seção de Pesquisa e Documentação (Memória) de São Bernardo, na Alameda Glória, 197, esquina com a Rua Jurubatuba. A partir das 14h será homenageado o são-bernardense João Gava, que ontem completou 103 anos – mais ativo do que nunca.

Gava, que é o mais experiente dos colaboradores desta página Memória, nasceu no bairro dos Meninos, hoje Rudge Ramos, em 26-4-1913. Foi criado em Diadema. Rodou por esse mundo de Deus – residiu até no Parque Andreense. Hoje mora – e trabalha de marceneiro – em Santos. Chegou a fazer móveis para a casa do Rei Pelé.

Vem todo mês a São Bernardo, de ônibus e sozinho. Visita os familiares. Vai ao Cemitério de Vila Euclides. Participa, animado, das reuniões dos memorialistas. E traz contribuições como a crônica que se segue:

Personagens

Texto: João Gava

Entre 1923 e 1943 vivi na Vila de São Bernardo, tempo das fábricas de móveis. Éramos todos amigos. Todos se conheciam e se cumprimentavam. Tinha uma pessoa para tudo. Tempo das comadres que se ajudavam. Uma pedia uma caneca de feijão à vizinha, outra uma caneca de arroz ou de açúcar, que depois eram devolvidas.

- Antenor Grotti, o leiteiro. Às 6h da manhã já estava o litro de leite encostado nas portas das casas.

- Dona Valentina, a agente do correio.

- Maria Miele, a ortopedista.

- Chico Ongaro, o castrador de animais.

- Zambaldi, o soldador de panelas e caldeirões velhos.

- Chico Sapateiro, o homem da meia sola.

- As duas irmãs Eboli, as telefonistas – tempo das manivelas.

- Chico Martim, o benzedor.

- Lulu, o barbeiro.

- Antonio Margonari, o alfaiate.

- Mister e Zanela, os mecânicos.

- João Pinto e Floriano Monteiro, os taxistas dos carros de aluguel.

- Nuncio Zanini, o leiloeiro das quermesses da Matriz. O largo ficava repleto de prendas: sacos de repolho, batata, mandioca, lenha, carvão, cabrito, porco. Tudo em benefício da festa, que durava uma semana.

- Carabina, o pintor das casas e músico – tocava seis instrumentos.

- Mais músicos: Bricha, Bardelli, Lima, Canever, Oscar Modolin, Coppini.

- Terezina Fantinati criava o bicho da seda.

- Murilo, Ritucci, Sabiá, Lazzuri, Cavinatto e Ramiro, dos bares e armazéns.

- Bassoli e a Padaria Brasil.

- Bechara e sua loja de fazendas e armarinhos.

- Pasin e o cinema mudo.

Diário há 30 anos

Domingo, 27 de abril de 1986 – ano 28, nº 6119

Manchete – Alugueis aumentam 420% em um ano

Grande ABC – Região perde 11 milhões de cruzados em repasses da união.

Tragédia – Estudante de São Bernardo cai de precipício e morre na Serra do Mar.

Primeira Divisão – No Canindé: Portuguesa 2, Santo André 0.

Em 27 de abril de...

1910 – Nasce, em Caconde (SP), Paschoal Ranieri Mazzili. Assumiu o comando do País após a renúncia de Jânio Quadros. Mazzili, o Eduardo Cunha daquela época.

Colaboração: Airton Marques, jornalista.

1916 – No salão da Sociedade Mutua Italiana (hoje Ítalo-Brasileira) foi realizado um espetáculo de teatro por um grupo de amadores. Seguiu-se baile até a manhã do domingo.
- A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘Êxodo de norte-americanos da Alemanha.’

1940 – Presidente Getúlio Vargas inaugura o Estádio do Pacaembu, obra iniciada em 1936. Palco do título da Copa São Paulo de Juniores pelo Santo André em 2003 e pelo São Caetano no Paulistão em 2004.

Colaboração: Airton Marques, jornalista

1966 – Transauto, de São Caetano, sagra-se campeão da Série A do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, ao ganhar da Sociedade Esportiva Resegue, de Bariri, por 2 a 0, em jogo disputado no estádio do Meninos Futebol Clube, em Rudge Ramos, São Bernardo.

Hoje

- Dia da Empregada Doméstica

- Dia do Engraxate

Santos do Dia

- Santa Zita (Itália, Luca, 1218 – 27-4-1272). Virgem. Foi empregada doméstica durante 30 anos. Rezava e praticava a caridade. O pouco que ganhava distribuía aos pobres. É a padroeira das empregadas domésticas e serventes.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

- Tertuliano

- João, abade

- Nossa Senhora de Montserrat 




Comentários

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