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Banheiros químicos ficam 'estacionados' no Riacho Grande
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
27/08/2008 | 07:30
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Dez banheiros químicos novos estão encostados na garagem da Subprefeitura do Riacho Grande, em São Bernardo, desde o final do ano passado. Eles foram comprados pela administração para atender a demanda dos 24 comerciantes que atuam na prainha da Represa Billings, mas nunca foram usados. A Prefeitura não informou o valor do investimento.

O subprefeito José Ramos de Oliveira explicou que a compra foi feita depois de um acordo com a Associação dos Comerciantes do Riacho Grande, que se comprometeu a operacionalizar os banheiros. Só que quando soube do alto custo de manutenção, a associação voltou atrás no acordo.

"Desde o ano passado, estamos chamando empresas que queiram operar os banheiros mediante pagamento. Ninguém se credenciou, mas creio que até o verão eles sejam instalados", afirma Ramos. Segundo ele, a Prefeitura não tem como arcar com a despesa de manutenção dos banheiros químicos, já que eles exigem uma estrutura de esgotamento sanitário para funcionar sem causar dano ambiental. "Além disso, nossa administração acredita que trabalhar em parceria seja mais fácil e produtivo."

O vice-presidente da Associação dos Comerciantes do Riacho Grande, Antonio Sulpino de Sá Neto, 55 anos, disse que o levantamento do custo da limpeza diária nos banheiros químicos foi feito depois do acordo fechado. O valor orçado, uma média mensal de R$ 800, "era inviável à associação". Neto contou que os 24 comerciantes têm despesas mensais na ordem de R$ 2.000, incluindo seguranças, salva-vidas e contabilidade.

"Nos sentimos abandonados, mas acredito que tudo dependa de vontade política. A prainha é uma tradição do Riacho Grande e merecia mais atenção", afirma o vice-presidente, que há 16 anos tem comércio no local.

Aos finais de semana e feriados de sol, a prainha recebe cerca de 6.000 pessoas por dia. A comerciante Cleodice de Jesus Oliveira, 33, lembra que os clientes reclamam a ausência de sanitários.

Além de colocar em funcionamento os banheiros químicos parados, a Prefeitura se comprometeu em adequar os sanitários da antiga base comunitária da Polícia Militar e abri-lo para população até outubro, quando o clima esquenta e a visitação aumenta.




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