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Oswaldo não concedeu um terreno sequer à CDHU
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
07/02/2011 | 07:23
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As gestões do prefeito Oswaldo Dias (PT), em Mauá, não foram atenciosas às demandas habitacionais da cidade. O petista está há dez anos à frente do Paço - foi chefe do Executivo em duas administrações anteriores (1997 a 2004) e está no terceiro ano do terceiro mandato - e não concedeu um terreno sequer para a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) do Estado.

Recentemente, em 2009, Oswaldo ofertou duas áreas ao governo federal, mas são consideradas insuficientes para minimizar o deficit de 20 casas no município. No total, são 13,5 mil metros quadrados das áreas - pouco maior do que um campo de futebol - avaliadas em R$ 1,2 milhão, conforme lei 4.502/09.

A Caixa Econômica Federal finaliza relatório de casas populares construídas em São Paulo - será apresentado nesta semana - e por isso não possui dados concretos de Mauá.

Segundo a CDHU, foram entregues 1.693 unidades habitacionais na cidade a partir de 1997. A Prefeitura doou terreno para a construção do Conjunto Mauá C1, com 1.024 apartamentos entregues naquele ano pelo governador tucano Mário Covas (que morreu em 2001). Porém, a concessão do espaço ocorreu na gestão anterior à de Oswaldo, do prefeito José Carlos Grecco (1993 a 1996).

O residencial Mauá 1, com 38 moradias, foi entregue em outubro do ano passado pelo governador Alberto Goldman (PSDB). Da mesma forma, o Executivo mauaense que doou a área era comandado por Leonel Damo (2006 a 2008).

Outros empreendimentos habitacionais do município construídos pela CDHU foram inaugurados em 2004 e 2006. As 360 moradias que compreendem esses projetos foram edificados em terrenos adquiridos pela companhia.

O balanço da estatal contabiliza ainda 60 unidades viabilizadas em regime de mutirão. E outros 200 apartamentos foram construídos em parceria com a Caixa Econômica Federal, por meio do programa Crédito Solidário. A CDHU concedeu também 11 cartas de crédito na cidade.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Habitação, há deficit de 20 unidades em Mauá. Muitas famílias moram em locais de risco e têm sofrido com as chuvas das últimas semanas. Nem mesmo conjuntos que já iniciaram as obras têm tido atenção da gestão Oswaldo para solucionar parte desses problemas. É o caso do residencial da Rua Pérola, entre os Jardins Bom Recanto e São José.

Há espaços na cidade para construção de imóveis. Mas o Paço visa vender algumas áreas, como os 98.089 metros quadrados, avaliados em R$ 24,5 milhões, próximos ao Rodoanel. Como noticiado pelo Diário em outubro, a Câmara já autorizou a negociação do terreno.




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