Política Titulo Editorial
Barbeiragens de Lula
Do Diário do Grande ABC
10/04/2016 | 09:15
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Aline Pietri/DGABC


A linha econômica da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT-2003 a 2010) foi marcada por incentivo demasiado ao consumo, com redução de impostos e crédito subsidiado, principalmente por meio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). No momento de crise, como a de 2008, houve aumento dos gastos públicos. Acrescente-se uma máquina administrativa inchada e sem freio.

Todas essas ‘derrapagens’ contribuíram para o atual momento do Brasil. A demanda se esgotou e a expansão foi brecada. Os investimentos que deveriam ter sido feitos para assegurar o desenvolvimento sustentável foram postergados. Resultado: recessão, com queda no PIB (Produto Interno Bruto), elevação de juros e da inflação, desemprego em alta, massa salarial em queda, poupança em decadência. Um dos cenários mais complicados a serem enfrentados pela sociedade brasileira.

Lula deixou a Presidência da República em 31 de dezembro de 2010. De lá para cá, tem direito, por lei, assim como outros ex-presidentes, a dois carros oficiais, dois motoristas e quatro funcionários para apoio e segurança pessoal. Tudo pago pelo Palácio do Planalto. O Diário teve acesso ao formulário de multas recebidas por um dos veículos fornecidos ao petista, por meio de comodato do governo federal junto à Ford. De 8 de agosto a 3 de novembro, o Fusion recebeu oito multas de trânsito, que totalizam R$ 940,58. As punições serão pagas pela União, ou seja, pelos contribuintes. Mesmo fora da cadeira, Lula continua com as barbeiragens, literalmente desta vez.

Os automóveis utilizados por Lula transitam pelas vias como qualquer outro e estão sujeitos a sanções, caso sejam flagrados transgredindo a legislação. Mas deveria, no mínimo, haver mais prudência, precaução e cautela na condução do veículo, pois é com dinheiro público que ele está sendo sustentado e é com o mesmo imposto do cidadão que as infrações estão sendo quitadas. Sem falar nos riscos de colisões e consequente perigo à integridade de outros motoristas, ciclistas e pedestres. Deveria ser exemplo, mas não é.  




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