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Derrotas seguidas acionam o sinal de alerta no Corinthians
24/01/2005 | 14:10
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Mesmo que a MSI anuncie a contratação de Vágner Love, a segunda derrota do Corinthians nos dois primeiros jogos do Campeonato Paulista levou uma forte tensão ao futebol do clube e colocou Tite em xeque de forma precoce, além de acabar com a auto-estima dos jogadores que já estavam no Parque São Jorge antes dos milhões da MSI.

Kia Joorabchian pensa como um executivo. Não entende, mesmo sem a estréia das grandes estrelas, que o Corinthians possa ter perdido para equipes modestas como o Mogi Mirim por 2 a 1 na primeira rodada e diante do Marília por 1 a 0, no sábado. No curto Paulista de pontos corridos, foram seis pontos disputados e nenhum ganho. “Lógico que sinto a pressão. Mas as coisas no Corinthians são assim. Se reagimos no ano passado, saindo da 17ª colocação no Brasileiro para a quinta, não há motivo para duvidar do nosso espírito de reação”, afirma Tite, tentando minimizar o clima ruim.

Só que, no íntimo, o treinador sabe que as coisas não são iguais. A cobrança no Corinthians se tornou imensa desde a chegada da MSI. Em 2004, Tite assumiu uma equipe sem perspectiva alguma, recém-fugida do rebaixamento no Paulista e que acabava de ser humilhada sob o comando de Oswaldo de Oliveira perdendo do Atlético- PR por 5 a 0 no Pacaembu.

O quinto lugar no Brasileiro foi visto como uma conquista pessoal do técnico gaúcho, já que a diretoria rezava para o time não ser rebaixado. Foi por causa desse resultado e do pedido dos jogadores que Tite se tornou a opção para treinar a equipe depois da recusa de Vanderlei Luxemburgo.

O relacionamento entre Tite e Kia é ruim. O técnico detestou o fato de o iraniano ter procurado Luxemburgo e o ofendeu publicamente. Kia soube das ofensas, disse que relevou e só o aceitou como técnico por falta de opção. “Nós estamos aprendendo a confiar inteiramente um no outro”, resume Tite.

O técnico só deixou escapar uma ponta de irritação quando, em Marília, foi perguntado o motivo dos fracos resultados e se ele estava com o mesmo time que fez boa campanha no Brasileiro. “O time não é o mesmo do Brasileiro. Não temos o Fabinho e o Fábio Baiano, dois jogadores da base da equipe. Eles davam estrutura ao time. As coisas precisam ser bem colocadas para não haver dúvida”.

Cabisbaixo – A auto-estima dos jogadores que atuaram nas duas primeiras partidas está em baixa. Eles tentam se defender das insinuações de que são dependentes dos reforços comprados pela MSI. “São ótimos jogadores os que foram contratados, mas a equipe poderia ter conseguido melhores resultados nas duas partidas. Se tivéssemos o Fábio Baiano e o Fabinho, tenho certeza de que não perderíamos os jogos. Nosso time já é muito bom”, tenta se defender, sem convencer, o zagueiro Anderson, capitão do time.




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