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Madri: 5 suspeitos negam participação em atentados
Do Diário OnLine
Com Agências
19/03/2004 | 11:27
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O juiz espanhol Juan del Olmo determinou, nesta sexta-feira, prisão incondicional para os três marroquinos e dois indianos detidos no sábado passado, suspeitos de ligação com os atentados de 11 de março em Madri, informaram fontes judiciais. A medida determinada pelo magistrado da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, significa que os detidos não podem ser libertados sob fiança.

Os marroquinos, Jamal Zugam, Mohamed Bekkali e Mohamed Chaui, foram acusados de pertencer a um "grupo terrorista", de 190 assassinatos consumados, de 1,4 mil tentativas de assassinato, de danos materiais e subtração de um veículo. No caso dos dois indianos, Vinay Kohly e Surech Kumar, a suspeita é por colaboração com uma organização terrorista e falsificação de documentos.

Esses cinco suspeitos foram os primeiros detidos depois dos atentados que oficialmente causaram 202 mortos e 1,5 mil feridos. O depoimento dos cinco começou na quinta à tarde e terminou somente na manhã desta sexta. Os acusados negaram “qualquer participação” nos atos terroristas, segundo fontes judiciais.

As mesmas fontes informaram que todos os suspeitos disseram que estavam dormindo quando ocorreram os ataques terroristas. Jamal Zugam, o principal suspeito, terminou o depoimento chorando.

Indagado sobre seus vínculos com o espanhol de origem síria Imad Eddin Barakat Yarkas, que, na véspera, compareceu a pedido próprio ante o juiz Baltasar Garzón - que o acusa de ser o dirigente da Al Qaeda na Espanha -, Zugam disse conhecê-lo do bairro de madrilenho de Lavapiés.

Depois de sete horas de interrogatório, os detidos foram levados para o presídio de Soto del Real, norte de Madri. Outros cinco suspeitos - quatro árabes e um espanhol - detidos na quinta-feira permanecerão na delegacia central de Madri até terça-feira, quando comparecerão perante o juiz Del Olmo.




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