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Expira hoje prazo para decisão sobre o voto 'fantasma'
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
23/09/2009 | 07:34
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A decisão sobre a apuração ou não do voto fantasma, registrado na Câmara de São Bernardo dia 19 de agosto, sairá hoje. O responsável pela deliberação é o presidente da Casa, Otávio Manente (PPS), que preferiu não antecipar o que irá fazer.

O prazo de 20 dias solicitado pela Assessoria Jurídica do Legislativo emitir parecer acerca do episódio expira hoje - o período fora pedido 15 dias depois do caso. Segundo informações extraoficiais, a análise do departamento inclina para investigação do fato por falta de decoro, o que pode culminar em cassação dos culpados.

O vereador Marcelo Lima (PPS) é o principal suspeito de votar no lugar de Estevão Camolesi (PTdoB), que estava fora da plenária no momento da votação de um adiamento de projeto. O popular-socialista aparece em fotos abrindo a gaveta do companheiro onde ficam os botões de votação.

Na verificação de presença da 26ª sessão ordinária do ano, havia nove parlamentares aptos a votar - o presidente só tem direito a emitir voto em caso de empate. Camolesi foi assinalado como ausente. Ao ser finalizada a votação, foram contabilizados dez votos ‘sim' pela prorrogação damatéria.

Pressão - O presidente Otávio Manente foi pressionado pela bancada de oposição a tomar providências imediatas diante do ocorrido. No entanto, por conta do pedido da Assessoria Jurídica da Casa, os dez vereadores de PSB, PMDB e PSDB recuaram e concordaram com o limite de tempo estabelecido.

Hoje, 35 dias depois do voto fantasma, a expectativa no bloco contrário à gestão Luiz Marinho é de apuração dos fatos. "Temos o compromisso de termos nossa representação (que pede a averiguação do caso) respondida", ressalta Tunico Vieira (PMDB). "Essa situação não pode passar em branco", analisa Ary de Oliveira (PSB).

Os parlamentares governistas evitaram comentar os procedimentos a serem adotados por Otávio Manente. "A decisão está nas mãos do presidente", frisou Tião Mateus (PT). "Não conversamos sobre isso nas últimas semanas", discorreu Matias Fiúza (PT).




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