Economia Titulo
Orgao do G7 divulga lista de paraísos fiscais
Do Diário do Grande ABC
26/05/2000 | 12:26
Compartilhar notícia


Panamá e Costa Rica sao dois dos países que gozam de menor controle fiscal interno no que diz respeito ao fluxo de capitais, segundo uma lista que faz a classificaçao, pela primeira vez, de 40 paraísos fiscais, e que foi divulgada nesta sexta-feira pelo ``Foro de Estabilidade Financeira' (FSF), um organismo criado em 1999 pelos países do G7.

O foro, cuja sede fica no Banco Internacional de Compensaçao de Pagamentos (BICP), na Basiléia, classificou os paraísos fiscais em três grupos.

Inicialmente esta lista nao deveria ser divulgada, mas o Foro mudou de opiniao ``em funçao do grande interesse público' e decidiu publicá-la na Internet.

O primeiro grupo, que recebe as melhores classificaçoes, é formado por Hong Kong, Luxemburgo, Cingapura, Suiça, Dublim (Irlanda), Guernesey, Jersey e ilha de Man.

Nesses países ``a jurisdiçao tem, em linhas gerais, uma infraestrutura legal e práticas de controle, assim como um nível de recursos para a supervisao e a cooperaçao de acordo com o nível de suas atividades financeiras'.

O segundo grupo é composto por Andorra, Bahrein, Barbados, Bermudas, Gibraltar, Lubuan (Malásia), Macau, Malta e Mônaco.

A qualidade de sua regulamentaçao é inferior à do primeiro grupo, segundo o informe.

Por fim, no terceiro grupo estao listadas Ilhas Anguila, Antigua e Barbuda, Aruba, Belize, Virgens, Caimán, Cook, Costa Rica, Chipre, Líbano, Liechtenstein, ilhas Marshall, ilhas Maurício, Nauru, Antillas Holandesas, Niue, Panamá, Saint-Kitt e Nevis, Santa Lucia, Sao Vicente e Granadinas, Samoa, Seychelles, Bahamas, Islas Turks e Caicos e Vanuatu.

O FSF assinala que este grupo tem um nível de ``autocontrole' financeiro e infraestruturas inferiores às do grupo II, sem mais precisoes.

O Fundo pede ao FMI, ao qual, em um informe prévio, se solicitou uma regulamentaçao internacional destes centros ``offshore', que se ocupe ``prioritariamente' dos países dos grupos II e III.

O FSF assegura igualmente que a atividade financeira nos paraísos fiscais nao é, em si, ``hostil à estabilidade financeira global', enquanto esteja ``convenientemente regulamentada'.

Criada depois da crise asiática de 1997, o FSF é formado pelos 7 países do G7, além da Austrália, Hong Kong, Holanda e Cingapura. As grandes organizaçoes internacionais como a OCDE, o FMI, o Banco Mundial e o BRI formam também parte do Fundo.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;