A Olimpíada de Inverno, em Turim (Itália), foi aberta oficialmente ontem à noite, no estádio Olímpico. Cerca de 35 mil pessoas presentes ao local e pelo menos dois bilhões de telespectadores em todo o mundo viram o desfile de 2,5 mil atletas de 80 países, que competirão durante 16 dias. Os países da América Latina, sem grandes condições para a prática de esportes de inverno, apresentaram uma delegação modesta, mas esperam melhorar seus próprios resultados na competição. Seja em países tipicamente tropicais, como Brasil e Venezuela, ou com mais tradição no gelo, como Argentina e Chile, os objetivos latinos são modestos.

O Brasil levou para a Itália sua segunda maior delegação com dez participantes, um a menos que Salt Lake City-2002, e será a primeira vez que o país participará de quatro modalidades diferentes, uma a mais do que 2002: esqui alpino, esqui cross country, bobsled e a novidade snowboard.

A Argentina contará com um atleta a menos do que o Brasil e tem na tradição a sua força. O país foi representado na primeira edição dos Jogos, em Chamoix-1924, e tem como maior ambição colocar algum de seus esportistas entre os 15 primeiros no esqui alpino, que superaria o principal resultado do país na história.

Terceiro país em números de participantes na América Latina, o Chile terá sete competidores, todos eles muito jovens. A intenção "é colocar o nome do Chile em um bom posto", diz Noelle Barahona, de apenas 15 anos, que irá competir no esqui. O veterano da equipe aos 25 anos, Duncan Grob, disputará a competição pela segunda vez no slalom gigante e supergigante e admite que a medalha é difícil, apesar de "sempre se trabalhar por isso".