Apesar do tráfego da Via Anchieta influenciar o movimento em ruas de quatro cidades, somente São Bernardo e São Caetano planejam ou já executam intervenções para melhorar o fluxo de veículos que buscam ou vêm da rodovia e travam ruas dos municípios.

A Prefeitura de São Bernardo promete eliminar pontos de congestionamento na Lions – unanimidade entre os motoristas quando o assunto é lentidão – no cruzamento entre o corredor e o Anel Viário Metropolitano fazendo o rebaixamento e o alargamento da avenida embaixo da Anchieta.

Outra intervenção que deve desafogar a Anchieta é a construção de viadutos: um de 360 metros em cada pista da rodovia para transposição do Anel Viário Metropolitano e outros dois que passarão pelo Ribeirão dos Couros e a Avenida 31 de março.

Um novo acesso ao Km 16 da Anchieta (no sentido Santos-São Paulo) também deve sair do papel.

Entre as avenidas São Paulo e Piraporinha, que ligam São Bernardo a Diadema, será construída uma nova via.

Sozinha, Diadema não planeja intervenções no local. De acordo com a Prefeitura, o grande problema da cidade são os reflexos do tráfego na Via Imigrantes. Para amenizar o problema, a administração construirá um viaduto do Paço Municipal até a rodovia.

Ainda em São Bernardo, o Km 20,7 da Anchieta ganhará um segundo viaduto e outras construções devem reduzir o tráfego no Km 23.

“O trânsito na Anchieta é sempre complicado. O dia a dia se torna estressante, mas temos de enfrentar”, reclama o motociclista Euclides Rodrigues Bizeo, 52 anos, que enfrenta o trânsito todos os dias da Capital até São Caetano, cidade que deverá ganhar um viaduto na região da Estrada das Lágrimas, ainda sem data definida, para dar fluidez aos veículos que saem da Anchieta e param no local.

Apesar de sentir os reflexos da Anchieta, Santo André não planeja intervenções. O Departamento de Trânsito informou apenas monitorar a Prestes Maia, que nos horários de pico sofre com a lentidão formada na rodovia e na Lions. O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC também não tem estudos relativos às vias que sofrem com o movimento da Anchieta.

“Falta mais opção de vias alternativas”, defende a advogada Angélica da Monteira Reis, 32, de São Bernardo.