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GCM é obrigado a vigiar praça sozinho e sem arma
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
11/03/2008 | 07:28
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O guarda de São Bernardo Luiz Silva, 33 anos, desde o dia 29 de fevereiro foi obrigado a vigiar sozinho e sem nenhum equipamento de segurança a Praça Nossa Senhora Aparecida, na Paulicéia.

Segundo ele, o trabalho solitário na praça foi uma punição do comando da corporação por causa de um processo trabalhista que move contra a Prefeitura por conta de horas não pagas. A primeira audiência foi no dia 28. No dia seguinte, sua escala e o local de trabalho foram mudados.

“É uma humilhação. Me colocaram em um lugar aberto, sem a menor proteção. Não tenho arma, rádio-comunicador e colete à prova de bala. Além do mais, essa praça é pouco movimentada. Quase não vem ninguém”, afirmou Silva, que trabalha das 12h às 22h no local, de segunda a sexta-feira.

“Faço faculdade de manhã, até as 11h, e tenho de vir correndo para não chegar atrasado. Outros colegas estudantes fazem escala 12 por 36 horas (trabalham 12 horas e folgam 36 horas). É bem melhor do que de segunda a sexta-feira”, contou.

O Sindserv (Sindicatos dos Servidores Municipais de São Bernardo) informou que vai mover ação de assédio moral no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

A Prefeitura rechaçou todas as acusações. Disse que a escala foi mudada por solicitação do Conselho de Segurança e do pároco da igreja localizada na praça. Sobre os equipamentos de segurança, disse que o guarda recebe em conformidade com suas funções e critério internos da corporação.

A Prefeitura negou que a praça é pouco frequentada e afirmou que a modificação da escala foi feita pelo próprio guarda.

A administração também disse que todos os guardas recebem o mesmo tratamento desde que cumpram suas obrigações. Informou que Silva já foi punido 14 vezes por indisciplina e não pode alegar perseguição. Acrescentou que o guarda tem três processos internos em andamento.




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