Quatro cirurgias nos joelhos, duas em cada, fratura por estresse na tíbia, um tiro na costela e quase três anos somente de fisioterapia, academia, recuperação e expectativa. Marcas de uma jovem promessa (apenas 22 anos) do Santo André. Os relatos fazem parte da breve história do meia-atacante Chiquinho, que pode aparecer como titular no time de Sandro Gaúcho para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série C, na tentativa de ressurgir no cenário do futebol ao mesmo tempo do clube.

"É boa a oportunidade não só para mim como para o grupo e para o Santo André fazer a campanha da retomada", destaca o Homem Bala, apelido que ganhou após o tiro que recebeu na região do tórax - fraturou uma costela - em assalto pelo qual passou no fim de 2010. "Até hoje o pessoal brinca e fala que tenho sete vidas", diverte-se o meia-atacante.

Ser baleado foi apenas a cereja no bolo de quem já havia passado por quatro cirurgias - duas no ligamento cruzado do joelho esquerdo e uma no ligamento do direito, este que ainda teve uma artroscopia no menisco. Além disso, ocorreu a fratura por estresse na tíbia. Poder estar em campo, para o jogador, é uma benção.

"É uma vitória pessoal, mas se consegui também devo muito aos meus companheiros e à comissão técnica que me apoiam e me ajudam. Hoje estou muito feliz por trabalhar bem e ter a possibilidade de jogar."

Mas Chiquinho não terá vida fácil para ser titular. Isso porque ele, Djalma, Cesinha, Júnio e Cristiano Brasília brigam por duas vagas. "Todos têm muita qualidade, mas com o grupo reduzido sabemos que todos terão oportunidade", conclui.