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Erenice defende veto ao fim do fator previdenciário
02/06/2010 | 07:00
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A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, defendeu ontem o veto presidencial ao fim do fator previdenciário, mecanismo que reduz o valor dos benefícios das pessoas que tentam se aposentar mais cedo. "Ainda que tenhamos a compreensão de que é necessário fazer uma reforma da Previdência, e essa reforma passaria por rever essa questão da idade e extinção do fator previdenciário, neste momento, não seria consequente, não seria responsável que o presidente Lula acatasse a extinção do fator", disse Erenice.

A extinção do fator previdenciário foi aprovada na semana retrasada pelo Senado junto com o reajuste de 7,7% do valor das aposentadorias e pensões acima de um salário-mínimo. A equipe econômica defende o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto da emenda que extinguiu o fator - criado no governo Fernando Henrique Cardoso - quanto do reajuste, que ficou bem acima dos 6,14% defendidos pelo grupo.

Para Erenice, a discussão sobre a extinção do fator e uma possível reforma da Previdência caberá ao futuro presidente da República. "Não é o momento de fazer atuação eleitoreira com o fator previdenciário", criticou a ministra. "Estamos em um ano de eleição, não sabemos quem será o futuro presidente. Até torcemos eventualmente para um candidato ou outro, mas o nosso compromisso é com um País que esteja apto e preparado para ser governado com tranquilidade pelo próximo governante", disse.

O presidente Lula chegou a criticar publicamente a aprovação do fator previdenciário. "Vocês viram agora a votação do fator previdenciário. Tem gente que acha que ganha voto fazendo isso, quando na verdade se o povo compreender o que significa isso, eles nem ganhariam tantos votos assim", disse o presidente dias depois da aprovação pelo Senado.

O impacto nas contas públicas tem sido o principal argumento da equipe econômica do governo para sugerir ao presidente vetos ao reajuste da aposentadoria e ao fator previdenciário. De acordo com cálculos do governo, o reajuste de 7,7% teria um impacto adicional de R$ 1,7 bilhão nos cofres públicos.

PAC - A ministra da Casa Civil afirmou que o governo não irá acelerar o cronograma de execução das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) por conta das eleições presidenciais de outubro. "Não é necessário e não é intenção do governo acelerar para fazermos inaugurações", comentou.




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