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Região tem poucas opções de reinserção
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
05/04/2009 | 07:10
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A região possui diversos equipamentos para abrigamento temporário de moradores em situação de rua, porém nem todos estão vinculados a projetos de geração de emprego e renda que poderiam inseri-los na comunidade.

Albergues e casas de passagem são medidas paliativas que suprem as necessidades pontuais dos moradores de rua com banho, roupas limpas, alimentação e acolhimento. Porém, estão longe de resolver a vulnerabilidade social a que estão submetidos.

"É uma pena que essas pessoas não tenham guarida do poder público. Antes, eram poucos os deficientes que viviam na rua. Hoje são muitos. As famílias abandonam por não saberem o que fazer", diz a professora titular de Psicologia da USP (Universidade de São Paulo), Rachel Kerbauy.

Na região, Diadema, São Bernardo e Santo André têm algumas ações que visam contribuir com a autonomia de adultos atendidos por abrigos. Em Diadema, os moradores de rua contam com a infraestrutura do Albergue Transitória Casa do Caminho, mantido pela entidade Lar Espírita Luz e Amor em parceria com a Prefeitura. Lá, os adultos podem permanecer por até um ano e participar do projeto Viver Melhor, que prevê encaminhamento para a CPETR (Central Público de Emprego Trabalho e Renda) e agência de empregos.

Em São Bernardo há três serviços para esta população: o centro de convivência, o albergue e a casa de integração social. O primeiro é um espaço de utilização diária para higiene pessoal e refeições; o segundo é local para pernoite; e a casa de integração social trabalha a construção de autonomia, as possibilidades de emprego ou vínculos com a família.

O Centro de Referência Casa Amarela, em Santo André, entre outras ações, disponibiliza auxílio financeiro para pagamento de aluguel a famílias e casais em situação de rua, insere nos programas de geração de renda como a frente de trabalho, e encaminha para cursos de requalificação profissional. A encarregada da instituição, Leni Aparecida Vizari Cavaleiro, lembra que a maioria das pessoas que os procura tem problemas com álcool e drogas, o que prejudica a reinserção no mercado de trabalho.

Demais cidades - A Prefeitura de São Caetano informou que possui dois abrigos, sendo um para homens, com capacidade para 130 pessoas, e outro feminino, que abriga 45 mulheres. Ambos oferecem higienização, refeição, roupas e pernoite.

Em Ribeirão Pires há duas opções: Casa do Migrante e Caminho da Luz - cada uma delas com capacidade para atender 30 pessoas. Ambas têm parceria com a Prefeitura.

O atendimento à população de rua em Mauá também é feito por meio de convênio de cooperação técnica com entidade que presta serviços nas áreas de acolhimento com apoio, higiene e repouso.

A Prefeitura de Rio Grande da Serra não retornou ao pedido de informações do Diário.




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