O desafio da Conferência Regional do Idoso, prevista para ser realizada no fim de agosto, é ampliar as políticas públicas da região além das atividades culturais e de lazer para essa população. Sob o tema Compromisso de Todos por um Envelhecimento Digno no Brasil, o evento irá debater propostas das sete cidades, que viram sua população idosa aumentar 35,8% em 10 anos, segundo dados do Censo 2010 do IBGE. Hoje, são 184.444 os habitantes com 60 anos ou mais.
Em São Caetano, município com maior população idosa do Grande ABC, com 13,98% do total, o foco do Conselho do Idoso são os asilos. A vice-presidente do órgão, Lucila Lorenzini, explicou que o atendimento à terceira idade independente do município é satisfatório, mas faltam melhorias para o idoso dependente. "Pretendemos ampliar as vistorias nas instituições de longa permanência", destacou. A ação será debatida na conferência.
Em Diadema, a Secretaria de Assistência Social e Cidadania pretende apresentar o Plano Municipal de Promoção do Envelhecimento Saudável, que deve entrar em vigor a partir de setembro.
A ideia, segundo a assistente da Pasta, Lílian Aparecida da Silva Cabrera, é promover o treinamento dos funcionários públicos que lidam diretamente com idosos. "Desde os coordenadores dos programas até os que trabalham na recepção serão treinados para melhorar a eficácia das ações", explicou.
ESTATUTO
Em Ribeirão Pires, a chefe de gabinete da Secretaria de Política Comunitária e Institucional, Clélia Ribeiro Bernardo, destacou a distribuição de 400 cópias do Estatuto do Idoso nos Centros de Referência da cidade. "Nosso objetivo é divulgar os direitos dessa parcela da população", comentou.
Em Mauá, a Secretaria de Assistência Social e o Conselho realizarão a 3ª Conferência Municipal dos Direitos dos Idosos no dia 11, durante a qual serão discutidas as políticas que serão levadas à conferência regional. As demais cidades não responderam.
Dia dos avós aos 40 e aos 88 anos
A publicitária Alessandra Astolphi, 40 anos, foi mãe jovem, aos 16. A filha Natália Astolphi Guezine também se apressou: aos 18, ficou grávida de Gabriel, o que fez com que Alessandra virasse vovó precoce: aos 34 anos, quando a maioria das mulheres começa a ter os primeiros filhos, ela ganhou o neto.
Hoje Natália tem 24 anos e mais uma filha, Lara, 2. "Apesar de ser nova, o Gabriel foi planejado, porque eu queria casar. A Lara é que foi a surpresa", disse a jovem, que deixou de fazer faculdade para se dedicar aos filhos por opção. Ela trabalha com a mãe, mas tem horários flexíveis para olhar as crianças.
"Não vejo problema nenhum de ser avó jovem. Meus netos têm os mesmos mimos que as avós mais velhas dão: lá em casa pode comer doce e fazer bagunça", garantiu Alessandra.
A proximidade da avó jovem com os netos pequenos não se repete na família da dona de casa Angelina Commércio de Oliveira Diniz, 88. São cinco netos, cinco bisnetos e um tataraneto, mas Angelina confessa que é difícil reunir toda a família. "Sinto falta de vê-los reunidos aqui em casa", afirmou.
Para relembrar os dias de casa cheia e matar a saudade do falecido marido, com quem foi casada por 68 anos, Angelina conserva a Brasília que foi de José Oliveira Diniz, mesmo sem saber dirigir. "Mando o moço do posto lavar e colocar gasolina uma vez por mês. A limpeza eu que mantenho", explicou.
A dona de casa é bastante vaidosa: só saí com brinco e maquiagem. "Só porque sou avó não vou me cuidar?", questionou ela, que deixou um recado para os netos. "Neste dia dos avós, quero pedir a Deus que cuide deles, porque esse mundo aí fora está maluco". Palavra de vovó.
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