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Entorpecentes: uso combina mais de um tipo de droga
Do Diário do Grande ABC
09/11/2008 | 07:13
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O assédio das drogas é um dos problemas que mais preocupam esta geração. De acordo com o Dossiê Universo Jovem, da MTV, 61% dos jovens entrevistados acima de 15 anos já experimentaram algum tipo de droga, sendo que o álcool e o cigarro lideram o ranking, com 50% e 31%. Entre as drogas ilícitas, a maconha lidera com 20%, seguida por cocaína com 7%. A pesquisa também cita outros entorpecentes: lança-perfume, o loló, 5%; ecstasy, 3%; crack, 2%; cola, 1%; chás (cogumelo, lírio, papoula), 1%; bolas (remédios), 1%; LSD/ácido, 1%; benzina, 1%.

De posse de dados com percentuais variáveis, mas não menos amenos que o do dossiê, Adriano Adolpho Vengrus Predeus, psiquiatra responsável pelo Caps - Adi (Centro de Apoio Psicossocial - Álcool e Drogas para Infância e Adolescência), em São Bernardo, aponta que 48% dos usuários do serviço têm um consumo múltiplo de três ou mais drogas.

"O adolescente está em um período de experimentação e se o meio social em que vive facilita o acesso, ele tende a aderir a vários usos", diz. Predeus ainda cita como fatores desencadeantes a presença de conflitos como a baixa auto-estima e a necessidade de aceitação dos amigos. O jovem pertencer a famílias de estrutura frágil também abre precedente para o consumo de entorpecentes por causa da ausência de apoio e de estímulo entre seus integrantes.

"Se o jovem experimenta alguma droga, é claro o sinal de que há problemas", diz. Neste caso, os familiares devem sentar e dialogar sobre o assunto. Segundo o médico, é comum os jovens afirmarem que gostariam de receber maior atenção dos pais. "Eles gostariam que os pais demonstrassem preocupação sobre com quem andam e locais que freqüentam, por exemplo", afirma.

Quanto ao tratamento, o médico é claro: tem de ser precoce. "É bom lembrar que a maioria dos dependentes adultos se tornou usuária na adolescência", diz. O psiquiatra destaca no processo de tratamento o uso de várias terapias, incluindo a educação física. A atividade é direcionada para a recuperação da auto-estima, pois, via de regra, o dependente se considera um fracassado. "Também não falamos de cura, já que o consumo de drogas é considerado uma doença crônica."




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