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Parque na Matarazzo depende de novos estudos
André Vieira
Isis Mastromano Correia
24/06/2009 | 07:41
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Edmilson Magalhaes/DGABC


A construção do parque na área da desativada indústria Matarazzo, no bairro Fundação, em São Caetano, prometida desde 2007, não sairá antes que a Prefeitura comprove com novos estudos que a área pleiteada para o empreendimento não está contaminada como o restante do terreno.

O espaço tem cerca de 20 mil metros quadrados e a área cogitada para abrigar o parque é de 18 mil metros quadrados. Em maio de 2007, o primeiro levantamento no solo do local - contaminado com mercúrio, benzeno e BHC, inseticida proibido no País desde 1985 - apontou que a porção do terreno onde ficaria a nova área verde estava livre de agentes nocivos. Vestígios de substâncias químicas foram encontrados, mas, em concentrações aceitáveis.

É a segunda vez que a administração municipal terá de apresentar estudo sobre a área para a Cetesb (Companhia Estadual de Tecnologia de Saneamento Ambiental) por solicitação da agência ambiental.

O órgão estatal não informou por que considera necessário novo estudo na área. A Prefeitura de São Caetano comunicou que fará as novas sondagens, mas, antes, agendará reunião com a Cetesb para entender os critérios que a nova investigação deverá obedecer.

O encontro entre as duas instâncias ainda não tem data marcada para acontecer e não há prazo para que a Cetesb assinale a viabilidade ou não da construção do novo parque na parcela indicada do terreno.

A área de 18 mil metros quadrados, requisitada para abrigar o parque, fazia parte da divisão de cerâmica das indústrias Matarazzo e fica a mais de 100 mil metros de distância da área onde ficava a planta química da indústria em que eram produzidos defensivos agrícolas.

Em 1998, a Cetesb constatou que o local onde funcionava a fabricação dos pesticidas estava contaminado.

"A complexidade da contaminação da área pode exigir que ainda mais estudos sejam feitos, alerta a ambientalista Vilma Tavares, da ONG Lixo Mínimo. "A área poderia ser aproveitada para fins que não exigissem a circulação de pessoas, como pátio para veículos apreendidos."

Alerta - Novas placas de advertência sobre a contaminação do local foram instaladas na área do complexo industrial. Cetesb e Prefeitura informaram que os avisos, afixados por determinação do Ministério Público, são constantemente arrancados do local.




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