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São Bernardo volta a enfrentar problemas com uniforme escolar
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
03/07/2008 | 07:13
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Problemas no uniforme têm incomodado os pais de alunos da Emeb (Escola Municipal de Ensino Básico) Cândido Portinari, em São Bernardo. A escola do bairro Nova Petrópolis recebeu da Prefeitura, no início de junho, as peças de roupa para distribuição, mas com numeração superestimada em relação à idade e ao tamanho das crianças.

Os estudantes têm entre 3 e 6 anos e deveriam vestir uniformes de número 4 ao 8, aproximadamente. Porém, a empresa responsável entregou calças e camisetas incompatíveis, apropriadas a pré-adolescentes (números 14 a 16).

Os pais dizem que a troca foi solicitada pela direção da escola e aconteceu então uma nova surpresa negativa. Os kits voltaram em quantidade reduzida, com peças faltando e falhas no acabamento - golas descosturadas e tortas, por exemplo. O material foi novamente devolvido à empresa.

A encarregada de administração Rita de Cássia Muniz Ramos Borelli, 35 anos, tem filho na escola e critica o fato de ter que usar as roupas de casa para mandá-lo à aula. "Ele não pode ir de qualquer jeito, para não se sentir inferior aos outros. É um gasto a mais", explica.

A dona-de-casa Fabíola Salera, 23 anos, já imagina que o seu filho de 5 anos passará os próximos meses sem o uniforme. "É capaz de chegar somente no fim do ano, quando a gente não precisará mais", critica.

A Prefeitura de São Bernardo informa que tem apurado as irregularidades cometidas pela Mercosul, empresa responsável por entregar os uniformes. O município deve aplicar as penalidades previstas em contrato. Sobre a qualidade do material, uma amostra foi enviada para análise de ensaio e costura, o que está sendo feito por técnicos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) com o acompanhamento de engenheiro têxtil, que é perito judicial, contratado pela Prefeitura.

Os problemas com uniforme não são novidade na administração municipal. Vencedora da licitação finalizada em dezembro, a empresa Diana Paolucci foi desqualificada por ter apresentado em anos anteriores material incompatível com o exigido pelos pais e pela Secretaria da Educação.

A Prefeitura contratou então os serviços da segunda colocada, a Mercosul, por R$ 11 milhões. Atrasos na entrega dos kits, falta de organização e novas reclamações sobre a qualidade do produto têm sido rotina nas escolas municipais.




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