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E agora, Filippi?
Beto Silva
11/03/2016 | 07:00
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O ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) está em situação delicada. Se por um lado ele está na mira da Operação Lava Jato, por outro lidera as pesquisas de intenção de voto na corrida pelo Parque do Paço. Desde o ano passado ele vive o dilema. Se for candidato, terá de enfrentar acusações dos adversários, se defender de denúncias, explicar aos eleitores o que fez e deixou de fazer. Além disso, mostrar projetos para o futuro da cidade. Um desgaste necessário para o PT tentar retomar o comando da Prefeitura. Mas estaria Filippi disposto a tudo isso? Formado em Engenharia pela USP (Universidade de São Paulo), tem pós-graduação em Harvard (EUA). Foi três vezes prefeito (1993 a 1996, 2001 a 2004 e 2005 a 2008), deputado estadual (1999 e 2000), deputado federal (2011 e 2012) e secretário de Saúde na Capital (2013 a 2015). Filippi é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal por suposto envolvimento e benefício em esquema de desvios na Petrobras, na condição de tesoureiro das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010). A promotoria chegou a pedir sua prisão, mas a Justiça negou. Ele aguardava o desenrolar das investigações para definir se assumiria ou não a cabeça da chapa petista rumo ao Executivo diademense em outubro. Se as apurações decorressem em banho-maria, a possibilidade de ser candidato era real. Mas houve avanço significativo. E Filippi se enrolou. O eleitorado pode ignorar esse enrosco e avaliar que o petista é o melhor nome para a cidade. O ex-prefeito pode ser absolvido das acusações. Muita coisa pode acontecer. Fato é que a chance de o PT retomar o Paço é com Filippi. Resta saber se Filippi vai querer enfrentar o processo eleitoral. Eis a resposta que ele tem divulgado: “Se tem uma coisa que conquistei na minha vida pública foi o direito de andar de cabeça erguida. Eu estava sossegado, queria ser lembrado como ex-prefeito e por tudo que construímos nessa cidade, aí mexeram com minha honra, me obrigaram a sair nas ruas e defendê-la. Vamos em frente!” O atual chefe do Executivo, Lauro Michels (PV), torce para que seja blefe. Ou que as expressões “sair nas ruas” e “vamos em frente” não tenham denotação eleitoral.

Bastidores

Carro oficial
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), foi ontem à tarde, com carro oficial do Paço (placa prefeito municipal 001), à reunião com o ex-presidente Lula (PT) e líderes petistas e sindicalistas em hotel da Capital. O que teve de interesse da administração municipal no encontro que justifique o uso de aparato pago com dinheiro público?

Deixou a desejar
O vereador de São Bernardo José Cloves (PT) perdeu o posto de queridinho da alta cúpula do governo Luiz Marinho (PT). Fato preponderante para cair o prestígio do parlamentar foi sua atuação como líder da bancada, no semestre passado. Não enfrentava as discussões com a oposição e quando fazia apresentava discurso confuso.

Aerotrem em São Caetano?
O eterno candidato do aerotrem Levy Fidelix (PRTB) estará amanhã, às 10h30, na Praça Cardeal Arcoverde, no Centro de São Caetano, ao lado da vice-prefeita, Lúcia Dal’Mas (PRTB). Eles vão percorrer a principal região comercial da cidade. Será que ele apresentará projeto revolucionário para a Mobilidade Urbana da cidade? Apesar de sua imagem estar definitivamente ligada à proposta do aerotrem, essa ideia tem sido superada por outras prioridades nas recentes campanhas do renovador-trabalhista. Lúcia é pré-candidata ao Palácio da Cerâmica.

Prefeito ou vice?
Recém-lançado pré-candidato a prefeito de Santo André pelo PRB, o vereador Roberto Rautenberg recebeu apoio do líder da sigla na Assembleia Legislativa, Jorge Wilson. Eles se encontraram em restaurante da cidade quarta-feira, juntamente com o presidente da Câmara e comandante municipal da legenda, Ronaldo de Castro. Apesar das manifestações e incentivo para concorrer ao Paço, dizem que se Rautenberg se encaixar como vice em alguma chapa já está de bom tamanho. 




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