Economia Titulo Calor
Ventiladores somem
das prateleiras da região

Produto atinge ápice de vendas com o calor e chega a
custar até R$ 200 no varejo; há muita variação de preço

Vinicius Gorczeski
Do Diário do Grande ABC
09/02/2012 | 07:30
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A onda de calor que está sobre o Grande ABC desde domingo tem feito sumir das prateleiras os eletrodomésticos voltados para resfriar e ventilar o ambiente. A equipe do Diário visitou varejistas da região e verificou que em algumas lojas já não havia aparelhos disponíveis. E não é para menos. Há dois dias, o calor registrado na região bateu recorde no mês; Santo André teve o dia mais quente na terça-feira, com 33,5 graus de temperatura, segundo a Defesa Civil.

Para se ter ideia da procura, no Extra não havia nenhum ventilador, apenas uma marca de circulador de ar e outra de aparelho de ar-condicionado o ambiente. "Acabou tudo ontem (terça-feira), e ainda não temos previsão de quando vamos ter produtos de novo, mas estamos fazendo o possível para recolocar logo nas prateleiras", disse uma funcionário do supermercado. Já no Walmart, o vendedor apontava para os dois modelos de produtos restantes afirmando que se tratava de uma tentativa de "tapar buraco", devido à alta demanda. "Não tem jeito, chega às 20h e já não tem mais nenhum ventilador", afirmou o funcionário do local. Os dois equipamentos disponíveis na unidade de Santo André custavam entre R$ 149 e R$ 159.

PREÇOS - Por conta do aumento da demanda e o fato de ventiladores serem produtos sazonais, vendidos especialmente no verão, o consumidor que quiser evitar o suor excessivo já pode preparar o bolso. Muitos dos aparelhos que restavam nas prateleiras chegavam a custar R$ 199.

O menor preço verificado pela equipe do Diário se limitava aos ventiladores pequenos, de 30 cm, com valor médio de R$ 65. Por 10 centímetros de diâmetro a mais, o cliente irá desembolsar o dobro. Mas para fugir do calor o consumidor está disposto a pagar qualquer preço. Só na Coop, o gerente de compras de produtos não alimentícios - bazar e eletrodomésticos -, Edson Rodrigues Pereira, destacou o expressivo aumento de vendas. Nos primeiros oito dias de fevereiro, as comercializações cresceram 52% em relação ao mesmo período do ano passado. "Vendemos o dobro de ventiladores de domingo para cá em relação a todo o mês de janeiro. Isso também foi possível porque está um ano atípico, com o verão chegando um pouco atrasado", ponderou Pereira. Para se ter ideia, no mês passado, as vendas caíram 60% em relação a janeiro de 2010.

Quanto aos aparelhos de ar-condicionado, cujo custo varia de R$ 399 a R$ 1.999, Pereira sustentou que, apesar de serem novidades nas lojas da Coop, já foi possível verificar aumento de 40% nas vendas deste mês frente ao mesmo período do ano passado.

Nas Casas Bahia a situação era parecida. E a procura para encontrar o modelo ideal do equipamento fez a ajudante-geral Duti Ribeiro Silva, 47 anos, transpirar. Ela procurava por um circulador de ar. "Me disseram que ele resfria mais o ambiente. O ventilador joga ar um pouco mais quente", disse. No entanto, havia apenas um modelo, tamanha era a demanda.

A funcionária da rede disse que na terça-feira havia filas para os clientes levarem consigo um ventilador. A rede informou que houve "crescimento substancial" de vendas do produtos desde domingo, embora não haja um número preciso de expansão em relação aos demais dias deste verão.

 

Variação de preço na internet chega a 56%; dica é pesquisar

Para quem quer fugir do calor das filas e do transtorno de falta de ventiladores na região a opção é comprar pela internet. Neste caso, o consumidor encontrará, num mesmo ventilador, diferença de até 56% no preço. Ou variação entre R$ 57,60 e R$ 89,99. Alternativa mais eficaz - e salgada para o bolso - são os produtos de ar-condicionado. Comprá-los pela internet significará desembolso de no mínimo R$ 800, chegando a R$ 1.000.

Mas com a tecnologia da internet, o cliente conseguirá escolher melhor os produtos, lojas, condições de pagamento - que chegam a ser de 12 vezes sem juros - e prazos de entrega, na média de três dias úteis. Vale lembrar que o Código de Defesa do Consumidor garante a devolução do produto até sete dias após a aquisição, mesmo que sem defeitos.

O consumidor também deve ficar atento aos prazos de entrega, que variam dependendo da loja.
(Colaborou Erica Martin)




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