Até o final do mês, o projeto renda-abrigo para famílias que moram em área de risco em São Bernardo deve ser posto em prática. Foi o que afirmou quinta-feira o secretário de Habitação e Meio Ambiente do município, Ademir Silvestre.

“A lei aprovada precisa de regulamentação por meio de uma portaria, o que deve ocorrer até a semana que vem. Após a portaria, vamos começar a contatar as famílias. Técnicos da secretaria estão finalizando os últimos detalhes e requisitos para que o benefício seja concedido”, afirmou o secretário.

O projeto renda-abrigo prevê o auxílio de até R$ 315 para uma família pagar aluguel e sair de sua habitação de risco. O programa foi elaborado pela administração para amenizar os problemas causados pela aumento de chuva em época de verão.

As pessoas que serão beneficiadas serão chamadas pela secretaria por meio de um cadastro de aproximadamente 250 famílias que está sendo atualizado, segundo Silvestre. “Vamos fazer uma análise socioeconômica para conceder o benefício, que não será eterno”, ressaltou.

A regulamentação deverá estabelecer que a família beneficiada não poderá ter renda superior a três salários mínimos e o tempo máximo de concessão do dinheiro será de dois anos. “É bom deixar claro que não serão R$ 315 para todo mundo. Esse é o teto máximo. Se a família conseguir aluguel por valor inferior, o benefício será proporcional”, disse Silvestre.

De acordo com o secretário, o objetivo principal do projeto é acabar com todos os alojamentos para desabrigados até o final de 2007, que hoje conta, no total no município, com 753 cômodos, sendo um espaço para cada família. Isso corresponde a cerca de 3 mil pessoas.

“As famílias não vivem em condições ideais nesses alojamentos, além de serem mais caros para a Prefeitura. A implantação de cada cômodo custa, em média, R$ 6 mil. Com o renda-abrigo, esse custo será diminuido para R$ 4 mil”, contou o secretário.