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PMDB unido, mas sem discurso
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
04/08/2011 | 07:29
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Ricardo Trida/DGABC


O PMDB de São Bernardo deu ontem mais uma mostra de que pretende lançar candidatura ao Paço em 2012, mesmo com lideranças no âmbito federal colocando como certa a parceria com o PT e a consequente reeleição do prefeito Luiz Marinho.

O presidente municipal da sigla, Vanderlei Jueli, e os vereadores Tunico Vieira e Gilberto França convocaram coletiva de imprensa para dizer que estão alinhados e, neste momento, a pré-candidatura peemedebista está colocada. A possível chapa, no entanto, está sem discurso e tem prazo de validade.

Sem discurso porque o trio não soube dizer quais serão os argumentos para atrair aliados e convencer o eleitorado de que o PMDB é a melhor opção. "Ainda temos de construir isso. Começaremos a discutir propostas a partir de agora", disse Tunico, que será o hipotético candidato.

E perecível porque a disposição atual vai até a convenção que será realizada em maio, às vésperas do pleito. "(A candidatura) É irreversível até a convenção. Você sabe como é política", discorreu Jueli, sobre provável interferência das executivas nacional e estadual em São Bernardo. "Existe nossa vontade, mas se ela vai predominar, não sabemos", frisou Tunico.

Os peemedebistas têm missões árduas a cumprir nos próximos dois meses. Gilberto trabalhará para encorpar a chapa de vereadores da legenda e Tunico buscará apoios partidários. As conversas têm de ser concluídas até setembro, há um ano da eleição, quando são permitidas trocas de siglas dos políticos para a disputa eleitoral.

Tunico Vieira explicou ainda que não terá problema em explicar à cidade que é candidato após ter sido aliado do PT - em 2004, quando foi postulante a vice-prefeito - e do PSDB - quando foi secretário na gestão William Dib (2003 a 2008).

"Porque fui vice do Vicentinho (deputado federal Vicente Paulo da Silva - PT) e secretário do Dib não posso ser candidato? Sempre defendi chapa própria do PMDB. Há 20 anos sonho com isso", defendeu-se. "Temos a intenção de fazer algo diferente do que está aí", completou.

Em seguida, o parlamentar discorreu sobre o panorama político atual de forma mais realista. "Quando há reeleição é difícil bater (...) Vamos ter dificuldade em convencer as pessoas, apesar de iniciarmos agora nova fase (...) Não estou preocupado com a vitória, o importante é fortalecer o partido." 

Adiados plano de cargos e mudanças na previdência 

Pouca produtividade marcou a primeira sessão de São Bernardo no segundo semestre, em casa nova - estreia do Teatro Cacilda Becker. Os dois principais projetos, plano de cargos e salários e mudanças na previdência municipal, foram adiados por duas semanas, a pedido do Sindicato dos Servidores, que protestou durante a plenária.

O prefeito Luiz Marinho enviou propositura à Câmara que retira a obrigatoriedade de apresentar o plano de cargos. "A administração não entendeu. Não somos contra o plano, só não concordamos com ele do jeito que está", disse o presidente do sindicato, Carlos Roberto da Silva, o Ketu.

Foram dois anos de negociação que começará do zero. "São questões pequenas que têm divergências entre categoria e governo. Daria para resolver. A meu ver, (o adiamento), é pé na porta para não ter o plano", criticou o vereador Admir Ferro (PSDB).

Foram aprovados 27 projetos, entre títulos de cidadão, denominações de praças e ruas e sessões solenes. Os vereadores também apoiaram moção de repúdio contra ações homofóbicas.




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