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Prefeito não cumpre
promessa no Brunão
Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
13/09/2011 | 07:30
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As obras no Estádio Bruno Daniel estão paradas e ninguém sabe responder o motivo. A Prefeitura de Santo André se cala. Funcionários não têm informações. E os munícipes ficam sem entender. Há pelo menos um mês, trabalhadores e máquinas da empresa contratada para a primeira parte das intervenções no local não dão as caras enquanto muito entulho ainda pode ser visto no setor onde ficava a marquise.

No anúncio da reforma, em 4 de maio, o prefeito Aidan Ravin prometeu que o setor do estádio seria entregue em 60 dias. Depois, o prazo passou para agosto. Setembro chegou e é visível que muita coisa ainda precisa ser feita. Não apenas o processo de limpeza ainda é necessário como a recuperação dos degraus danificados pela demolição da marquise, a reconstrução dos banheiros e lanchonetes, além da recolocação das cadeiras.

O material da marquise que poderia ser reutilizado, casos do ferro que sustentava a estrutura e do concreto que virou base asfáltica, seguiu o cronograma inicial e foi retirado em tempo. Mas ainda restam escombros sem previsão de serem retirados. As secretarias de Obras e Serviços Públicos e de Cultura, Lazer, Esportes e Turismo não se pronunciaram a respeito da paralisação das obras. Sequer deram resposta sobre quando serão retomadas ou o que está por vir.

Na quinta-feira, o Diário Oficial divulgou liberação de R$ 4 milhões para Obras. Durante sessão na Câmara do mesmo dia, o vereador Evilazio Santana, o Bahia, e o secretário de Orçamento e Planejamento, Arnaldo Pereira, falaram que parte daquele valor (R$ 3,5 milhões) seria destinada às obras do Bruno Daniel.

"O recurso está disponível", disse Pereira. "Nosso trabalho é alocar recursos que não estavam previstos no orçamento. Como o prefeito determinou que fosse investido, pegamos este valor do superavit do ano passado e alocamos para as secretarias responsáveis, no caso Obras e Esportes", emendou o secretário.

Segundo o vereador Bahia, ontem ele teve encontro com o secretário de Gabinete e de Saúde, Nilson Bonome, que teria garantido o reinício das obras "a partir de 8 de outubro". "Estive cobrando esse assunto e ele assumiu o compromisso. Precisamos apressar essa obra. Apesar de o time não estar em situação favorável no campeonato (Série C do Brasileiro), o estádio precisa estar à altura da cidade", afirmou.

Espera-se para os próximos dias anúncio oficial do prefeito Aidan Ravin sobre a conclusão da primeira parte e início da segunda fase das obras, que prevê vestiários, setor administrativo, sala de imprensa, entre outros.

 

STJD e FPF punem envolvidos no caso Brunão; clube se dá mal

A fase é tão ruim que nem em julgamento o Santo André se dá bem. Ontem, no Rio de Janeiro, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva pegou pesado com o clube: o multou, tirou mandos de campo e suspendeu Cristiano Brasília e Negretti, que estão fora da decisão de domingo contra o Brasil de Pelotas, pela Série C.

O tribunal julgou ontem os acontecimentos da partida contra o Joinville, há três semanas, no Bruno Daniel. Negretti foi expulso aos sete minutos após supostamente dar um tapa no rosto do meia Ramon e levou o cartão vermelho direto. O volante foi incluso no artigo 254-A (praticar jogada violenta) e unanimamente foi suspenso por cinco jogos.

"Pegaram pesado. Cinco jogos é muito. Eu esperava um, por ser reincidente, mas cinco?", lamentou Negretti.

O caso de Cristiano Brasília foi, no mínimo, estranho. Sustentado por matérias de jornais e internet que contaram o suposto gesto obsceno do jogador à organizada e que desencadeou a briga entre torcedores e atletas, o tribunal suspendeu o atleta por dois jogos, incluso no artigo 258-A (provocar o público durante a partida). O meia esteve no Rio, participou do julgamento, se justificou, mas os integrantes do tribunal sustentaram a punição, de forma unânime.

"Eles não têm provas... vi hoje (ontem) que a Justiça não prevalece no País. Ser punido por causa de jornal, de internet? É incrível, primeira vez que vejo. Fiquei muito triste, sou réu primário. Infelizmente a torcida prejudicou", afirmou Cristiano Brasília.

O clube, por sua vez, foi multado em R$ 10 mil, perdeu quatro mandos de campo e teve o Bruno Daniel interditado pela inclusão no artigo 213 II (deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir a desordem, invasão ou lançamento de objeto). Enquanto isso, o árbitro Wagner Nascimento foi absolvido da acusação de não relatar os acontecimentos na súmula.

A Fúria Andreense, organizada envolvida no caso, foi proibida de entrar nos estádios "até que sejam apurados os fatos e os responsáveis punidos nos termos da legislação em vigor", segundo resolução da presidência da Federação Paulista de Futebol.




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