A diretoria do Santos informou ontem que vai processar Roberto Brum por declarações a respeito da demissão do técnico Dorival Júnior após polêmica com o atacante Neymar em setembro do ano passado. Dispensado pelo Peixe na terça-feira, o volante afirmou - em entrevista à Santa Cecília TV - que a decisão de mandar o treinador embora não foi tomada pela diretoria, mas por empresários que formam o grupo de apoio ao presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro.

Brum revelou ter liderado, junto com Léo, Edu Dracena e Marquinhos, movimento entre os jogadores para exigir punição a Neymar, que desrespeitou o treinador no confronto com o Atlético-GO. Por isso, disse ter sido ameaçado de demissão.

"O pessoal lá de cima ameaçou não pagar nosso salário caso o Neymar (afastado pelo treinador como punição) não jogasse contra o Corinthians. Nem o presidente nem o diretor de futebol (Pedro Luis Nunes Conceição) queriam demitir o Dorival. A ordem veio de cima. Está tudo errado", afirmou Brum, dizendo que o "pessoal de cima" são os empresários que formam o Grupo Guia (Gestão Unificada de Inteligência e Apoio ao Santos).

Em nota oficial ontem, o clube negou as acusações e prometeu acionar o atleta na Justiça.