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Inadimplência sobe junto com crédito
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
28/09/2011 | 07:08
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O Banco Central informou que o índice de inadimplência do consumidor em operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional subiu 0,1 ponto percentual, em agosto contra julho, e atingiu 6,7%. Em relação ao mesmo mês do ano passado o acréscimo foi de 0,5 ponto percentual. São consideradas inadimplentes, pelo BC, todas as pessoas que têm dívidas com atrasos superiores a 90 dias.

A modalidade crédito direto ao consumidor para aquisição de bens, que não sejam veículos, teve o maior índice de inadimplência de agosto, com 13,9%. No entanto, este tipo de financiamento, em concessões naquele mês, representou apenas 1,6% do total emprestado às famílias, cerca de R$ 79 bilhões.

Por outro lado, o cheque especial, dono da maior representatividade nas concessões de crédito de agosto aos consumidores (34%), registrou taxa de inadimplência de 9,6%. Em relação a julho, houve avanço de 0,6 ponto percentual. E na comparação com o mesmo mês do ano anterior o índice caiu 0,5 ponto percentual.

No crédito pessoal, a taxa de inadimplência ficou em 4,9%, com elevação de 0,1 ponto percentual na comparação mensal e de 0,5 ponto percentual na anual. E no CDC para aquisição de veículos, o indicador de agosto mostrou 4,2%, alta de 0,2 ponto percentual sobre julho e um ponto percentual ante o oitavo mês de 2010.

Ao mesmo tempo que as taxas de inadimplência subiram, o saldo das operações de crédito também engordaram, ou seja, o volume de dinheiro que as instituições financeiras têm emprestado e ainda não foi liquidado. Segundo o BC, os consumidores devem R$ 877,9 bilhões para os bancos e demais empresas financeiras, montante 1,9% maior do que o resultado de julho. Na comparação anual houve acréscimo de 22,7%. E neste ano, o saldo de operações de crédito teve 12,8% de incremento.

JUROS - O preço do crédito subiu no mês passado. A taxa de juros média nas operações para os consumidores ficou em 46,2% ao ano, alta de 0,5 ponto percentual sobre julho e supremacia de 6,3 pontos percentuais contra agosto de 2010, reforçando os efeitos das medidas macroprudenciais que o BC tomou desde o fim do ano. O principal responsável pela alta na média foi o CDC para aquisição de bens, que não sejam veículos, com acréscimo de 3,1 pontos percentuais e taxa anual de 55,4%. E o crédito pessoal subiu de 48,7% ao ano para 49,6%. Cheque especial recuou de 9,21% ao mês para 9,2% e CDC para veículos ficou estável em 2,17%.




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