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Estudo britânico afirma que guerra deu novo impulso à Al Qaeda
Da AFP
18/07/2005 | 11:43
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Um estudo realizado pelo RIIA (Royal Institute of International Affairs ), conhecido centro de estudo britânicos, afirma que a guerra no Iraque deu um novo impulso à rede terrorista Al Qaeda, o que deixa a Grã-Bretanha particularmente vulnerável a atentados como o de 7 de julho.

"Não há dúvida de que a situação no Iraque provoca dificuldades particulares no Reino Unido e entre a coalizão contra o terrorismo", destaca o centro. "A guerra criou uma grave divisão na Al Qaeda e ofereceu aos terroristas um alvo e uma região para treinamento, ao mesmo tempo em que desviou recursos que poderiam ser empregados para apoiar o governo (afegão de Harmid) Karzai e para levar (Osama) Bin Laden à justiça”.

"Um dos problemas é que o governo britânico desenvolve uma política antiterrorista ao lado dos Estados Unidos, mas não toma decisões em condições de igualdade (com Washington), e sim como alguém que está no banco traseiro, que entregou o volante para o aliado, o motorista", acrescenta o texto.

Os autores do informe, que tem o título "Estar no banco traseiro para atacar o terrorismo é uma política de alto risco", são Paul Wilkinson, presidente do Centro de Estudos sobre o Terrorismo da Universidade de St. Andrews (Escócia), e Frank Gregory, da Universidade de Southampton (sul da Inglaterra).

O texto contradiz a argumentação do premiê britânico,Tony Blair, que tem se esforçado para convencer a opinião pública de que os quatro atentados de Londres, que deixaram 55 mortos e 700 feridos, não têm nenhuma relação com a guerra do Iraque.

O ministro britânico das Relações Exteriores, Jack Straw, negou nesta segunda-feira, em Bruxelas, que o apoio da Grã-Bretanha aos Estados Unidos na guerra no Iraque tornou mais vulnerável seu país frente a atentados terroristas.

Os pesquisadores também destacam que a Grã-Bretanha desprezou até 2001 a ameaça islâmica e que durante muito tempo abrigou extremistas que preparavam atentados, provocando a irritação dos governos afetados pelos ataques.

No entanto, o relatório aponta alguns êxitos da política da Grã-Bretanha na guerra contra o terrorismo: a queda do regime talibã no Afeganistão, o prejuízo às atividades da Al Qaeda e a execução de membros da rede terrorista.




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