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Fim de impasse sobre Robinho acalma o ambiente na Vila Belmiro
Das Agências
31/07/2005 | 08:50
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"Estou me sentindo como no momento em que recebi a notícia de que a minha mãe tinha sido libertada e o seqüestro dela tinha acabado". Essa foi a frase de Robinho para o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, na manhã de sábado, ao responder como estava se sentindo após o desfecho de sua transferência para o Real Madrid. Para ir falar com o dirigente, que conversava com o técnico Alexandre Gallo no meio do campo 3 do Centro de Treinamentos Rei Pelé, Robinho saiu da brincadeira de bobinho e falou com ambos por uns minutos.

O atacante sorriu, brincou, mas não conseguiu esconder o cansaço, já que pouco dormiu na noite anterior. À uma hora da madrugada de sábado, Robinho chegou à Vila Belmiro, acompanhado de um de seus agentes, Juan Figer, para colocar a sua assinatura no contrato de sua transferência para o Real Madrid. Era o fim da novela que se arrastava desde o dia 29 de junho. As negociações entre o Santos e os dirigentes do clube espanhol começaram às 23h30, por telefone, e com troca de fax.

Após assinar os documentos referentes à sua venda ao Real, Robinho foi dormir na concentração do Parque Balneário Hotel, no Gonzaga, em Santos, onde seus companheiros estavam recolhidos desde a véspera, à espera do jogo com o Corinthians. Acordou vários jogadores para dar a notícia e dizer que ia jogar. Só sossegou depois das 2h30.

"Ele bagunça qualquer ambiente e sua alegria contagia a todos", disse Jorginho, que desde 1976 é motorista do ônibus que leva os jogadores do Santos para todos os cantos. O ônibus Baleia VII chegou à Vila Belmiro às 9h42. Robinho fez suspense e foi um dos últimos a saltar do ônibus, sorridente e com um boné azul marinho. Um de seus seguranças chegou em um carro, com seu material de treino. O atacante participou do rachão, da roda de bobinho, treinou chutes no gol e voltou com o time para a concentração, sem dar entrevista.

Último - O último jogo de Robinho pelo Santos foi na derrota por 3 a 2 diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada, pela Copa Libertadores da América, no dia 1º de junho. Depois, o Peixe ainda foi eliminado do torneio pelo Furacão e, desde então, o técnico balança no cargo.

Com o retorno do atacante, o treinador ganha tranqüilidade para continuar no comando da equipe. Além do jogo de domingo - se não houver nenhum outro tipo de acordo ou algum imprevisto -, Gallo poderá contar com o talento de Robinho em mais seis jogos com o desafio de reabilitar o Santos no Campeonato Brasileiro: Internacional-RS, em Porto Alegre, quarta-feira; Paraná Clube, no Paraná, domingo; Brasiliense, dia 11/8, na Vila Belmiro; Botafogo, no Rio, dia 14; Figueirense, dia 21, na Vila Belmiro e Paysandu, dia 24, em Belém.




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