Moradores da Rua Princesa Isabel, na Vila Guiomar, em Santo André, sofrem há dois anos com galeria de água pluvial inacabada no quintal de residência. Apesar de inúmeras reclamações, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) não resolve o problema.

A galeria, que serve para evitar enchentes, causa mau cheiro e atrai ratos e mosquitos, afirma o morador do terreno, que não quis se identificar. “A tubulação está entupida e, toda vez que chove, inunda tudo, a água fica até o joelho. É impossível até de andar aqui”, conta.

No terreno há três casas. Uma delas foi interditada pela Defesa Civil em 2013 por ter sido construída irregularmente em cima da galeria, o que causava problemas estruturais. A família foi embora, mas o transtorno ainda perturba os moradores. Quando há transbordamento, a água chega até o muro que faz divisa com prédio vizinho. De acordo com a síndica, Inês Armelin, foi preciso colocar uma bomba para escoamento. “Caso contrário a água suja invade o térreo e pode causar problemas estruturais”, reclama.

A dona de casa Aleyde Lessa Simões, 82 anos, que vive em um dos apartamentos, reclama do risco de dengue. “A gente não sabe até quando essa doença vai causar problemas.”

Os moradores do prédio acusam o dono do terreno de negligência. “Está cheio de mato, ele não cuida e não deixa ninguém vistoriar”, afirmou o conselheiro do prédio, Wilson Simões, 78. “Alguém tem que canalizar. É saneamento básico, precisa ter”, completou.

O Semasa afirmou que a obstrução da galeria acontece há anos por diversos motivos. A companhia aguarda a conclusão de tratativas legais para continuar as obras de remanejamento de canos. O projeto está rodeado de propriedades particulares e é necessária a autorização para entrar com tratores nas casas.

A autarquia informou ainda que o prédio foi vistoriado em 2013 e não apresentava abalos estruturais. A construção do edifício é uma das responsáveis pela perda da vida útil da galeria, conforme a nota.