A situação de pacientes que dependem da rede de Saúde de Santo André é delicada. A escassez de alguns remédios ou a falta de informações sobre onde encontrá-los obriga munícipes a procurar farmácias particulares e a prejudicar o orçamento familiar.

Ontem, o Diário denunciou a falta do medicamento para tratamento psiquiátrico Carbolitium (Carbonato e Lítio) e o controle rigoroso da distribuição de Rivotril.

A equipe de reportagem voltou ao Centro de Especialidades da Avenida Ramiro Colleoni e ouviu reclamações também sobre o Prednisolona (anti-inflamatório). A auxiliar de conservação Luciana Rodrigues Barbosa, 27 anos, conta que há mais de dois meses procura sem sucesso o medicamento para sua filha. “Ela faz tratamento hematológico e precisa urgente. Tivemos que atrasar algumas etapas, pois não encontro em lugar nenhum. Sempre que venho aqui na farmácia, dizem que está em falta. Procurei em outros postos de Saúde e também não achei. Serei obrigada a ir até uma farmácia particular. Nem sei quanto vou gastar, mas vai comprometer o orçamento.”

Outros munícipes relatam que a reposição de alguns remédios foi feita ontem. Mesmo assim, muitos disseram que a espera durou meses. É o caso da aposentada Carolina Francisco, 73. “Desde o fim do ano passado procurei o Clonazepam (Rivotril) e só encontrei hoje (ontem).”

A Prefeitura, porém, nega o desabastecimento de Rivotril e, sobre a Prednisolona, afirma que não está em falta, e sim que é dispensado em unidades básicas, não no Centro de Especialidades. No entanto, o Diário não viu funcionários explicarem à moradora onde retirar o medicamento.