O Grande ABC imunizou cerca de 67 mil pessoas no reforço da campanha da vacinação contra o vírus Influenza A (H1N1), causador da gripe suína, que aconteceu no sábado.

O objetivo foi dar oportunidade para os jovens entre 20 e 29 anos que trabalham durante a semana e não têm tempo de se deslocar até locais de vacinação para receber as doses. Gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças entre 6 meses e 1 ano e 11 meses também foram imunizadas.

São Bernardo foi a cidade que registrou o maior número de vacinações: 31.894 mil pessoas. Em seguida, veio Santo André, com 19.008 imunizados, e São Caetano, com 16.295. As demais cidades não informaram os números até o fechamento desta edição.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que, até o dia 8, cerca de 244 mil pessoas foram imunizadas. Os jovens, grávidas, doentes crônicos e crianças serão vacinados até o dia 23. Do dia 24 ao 7 de maio será a vez dos idosos com 60 anos ou mais portadores de doenças crônicas. E, entre os dias 10 e 21 de maio, os adultos entre 30 a 39 anos.

OMS reavalia classificação de pandemia para a Influenza A

A OMS (Organização Mundial da Saúde) admitiu pela primeira vez que falhou na gerência da crise envolvendo a gripe suína e em sua estratégia para lidar com a primeira pandemia de Influenza em 40 anos. Ontem, o Brasil deu o tom nos debates e sugeriu que a entidade redefina critérios para estabelecer a severidade de futuras pandemias e o impacto das medidas adotadas pelos países para lidar com surtos.

A proposta foi apresentada no primeiro dia de reuniões da entidade máxima de Saúde em Genebra para começar a revisão da pandemia de gripe suína. Um ano após o primeiro surto, a OMS iniciou uma reavaliação completa do que seria uma pandemia e de como deve reagir em futuros casos.

Criticada por supostamente ter sido influenciada pelo setor farmacêutico e por ter criado desnecessário pânico ao declarar a pandemia, a OMS tenta restabelecer sua credibilidade, em um processo que promete ser longo.

A diretora da entidade, Margaret Chan, garantiu que o processo de revisão será real. "Queremos saber o que ocorreu de errado e porque", disse.(da AE)