Nesta segunda poderá haver uma passeata dos sem-teto rumo ao Paço de São Bernardo, por volta das 10h, para cobrar da Prefeitura uma posicionamento sobre a invasão. A manifestação só acontecerá caso a reunião no CPAM-6 fracasse para os acampados.
Otimistas, os acampados receberam neste domingo o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e o senador Eduardo Suplicy, ambos do PT, para uma assembléia. Vicentinho se reúne nesta segunda às 18h, em Brasília, com o secretário Nacional de Habitação, Jorge Hereda, e com o vice-presidente de Recursos Humanos da Volks, João Rached. “Acredito que a Volkswagen vai se sensibilizar e comercializar a área. A empresa já negociou em momentos mais difíceis”, disse Vicentinho. O deputado afirmou que o problema dos sem-teto é urgente e precisa ser resolvido. “O Estado tem de fazer alguma coisa.”
Já Suplicy garantiu que vai falar ainda nesta segunda com o governador Geraldo Alckmin para pedir maior flexibilidade nas negociações. No próximo sábado, ele deverá retornar ao acampamento para divulgar seu livro Renda de Cidadania, a Saída é pela Porta. Sobre os problemas de habitação, o senador disse ser “prioridade para o Lula e o Ministério das Cidades”. Segundo ele, o governo federal deverá intervir, caso necessário.
O MTST e o deputado federal Luís Eduardo Greenhalgh (PT), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, também entram nesta segunda, às 15h, com uma ação no 1º Tribunal de Alçadas Criminais, em São Paulo – uma tentativa de cassar a liminar que concedeu a reintegração de posse à Volkswagen na terça-feira passada.
A coordenadoria poderá também envolver a associação internacional Igmetal (Comitê Internacional dos Trabalhadores da Volkswagen) – um grupo de acionistas minoritário da Alemanha – dispostos a pedir à empresa flexibilidade na negociação.
Vicentinho prometeu à coordenação do MTST entregar uma carta ao presidente Luís Inácio Lula da Silva, com o pedido de uma audiência. Neste domingo, o conteúdo foi lido em assembléia realizada na frente do acampamento – mas não houve interesse do movimento em tentar entregar o documento pessoalmente ao presidente, que estava na cidade.
O dia - Fora as expectativas com as reuniões, o dia no acampamento Santo Dias foi tranqüilo neste domingo. A garoa fina que caiu durante a manhã e início da tarde não desmotivou os ocupantes. Eles participaram de um ato ecumênico e de atividades culturais.
Alguns coordenadores e integrantes foram de ônibus a Osasco comemorar um ano de assentamento do acampamento Carlos da Matta. No Santo Dias, a informação é que mais da metade dos adultos trabalham. Por isso, é proibido fazer barulho depois da meia-noite.
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