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Bancários ampliarão greve e
pedem audiência com Dilma
Vinicius Gorczerski
Especial para o Diário
12/10/2011 | 07:18
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O comitê de greve dos bancários reuniu-se ontem em São Paulo para discutir os rumos do movimento, que já é o maior dos últimos 20 anos. A categoria prometeu aumentar o número de agências paralisadas no País. A paralisação deste ano supera hoje a paralisação do ano passado. Os funcionários estão há 16 dias com os braços cruzados.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro anunciou que estão fechados no País 9.165 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados. Número que é quase 1% maior do que o informado na segunda-feira.

"A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ainda não se pronunciou sobre nossos pedidos", afirma o presidente da confederação, Carlos Cordeiro.

A categoria ainda aprovou envio de carta ao Planalto em que solicita uma audiência com a presidente Dilma Rousseff e o dirigente da Federação Nacional dos Bancos, Murilo Portugal. Eles querem cobrar de ambos uma solução para a greve, diz o dirigente, acrescentando que não há data prevista para o encontro. Isso porque a principal reclamação dos trabalhadores é a falta de iniciativa das empresas em dar retornos sobre os pedidos.

Os bancários exigem a correção dos salários em 12,8% e elevação na Participação nos Lucros e Resultados. O órgão fez duas propostas, sendo que na última concedeu alta de 8%, o que significa aumento real de 0,6%.

A Fenaban se defende ao afirmar que não irá discutir propostas que sejam "rechaçadas unilateralmente". Aguardam apenas que a última oferta seja lapidada, embora não tenham reaberto a rodada de discussão nem indicado quando isso irá ocorrer. Fato que tem emperrado avanços nas conversas sobre o dissídio da categoria.

Na região, os números da greve se mantêm - são 130 bancos, entre 400 unidades e 100 postos de atendimento, com portas fechadas e 3.300 trabalhadores, entre 7.500 funcionários, de braços cruzados. Todos os bancos públicos da região estão com 100% de paralisação, segundo o Sindicato dos Bancários do ABC.

MANIFESTAÇÃO -Cordeiro prometeu ainda mobilizar os sindicatos do País a fazerem protestos. Ato que irá ocorrer na sexta-feira, à tarde. A ideia é espalhar o movimento, segundo o dirigente, de forma simultânea em todo o País. "Vamos inclusive chamar a sociedade civil para se reunir a nós na data", fala Cordeiro.




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