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Terceiro setor conta com sindicato da categoria no Grande ABC
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
21/06/2009 | 07:50
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Ongs (Organizações Não Governamentais), além de entidades filantrópicas, beneficentes e religiosas contam com um sindicato que luta pelos direitos dos trabalhadores desses setores na região. Trata-se do Sindbeneficente (Sindicato Intermunicipal dos Empregados em Instituições Beneficentes, Religiosas e Filantrópicas no Estado de São Paulo), que surgiu em 1999 e representa cerca de 5.000 trabalhadores no Grande ABC.

Poucos imaginam, mas nem só de voluntariado vive a categoria de profissionais ligados ao terceiro setor, que trabalham, por exemplo, em igrejas, casas de recuperação, asilos ou creches. De acordo com o sindicato, desde 2004 esses trabalhadores possuem uma convenção coletiva de trabalho que lhes garante, por exemplo, piso salarial pré-fixado, direito a cesta básica, vale-refeição, vale- transporte, dentre outros benefícios.

"Existem muitas entidades e empregadores que estão descumprindo direitos básicos estabelecidos pela nossa convenção alegando que não têm verbas para cumpri-los devido à falta de repasse do poder público", comenta o presidente do Sindbeneficente, Rogério José Gomes Cardoso.

Ele afirma que esse não é um problema do sindicato, mas sim falta de planejamento das entidades, que quando foram criadas não previam gastos com direitos trabalhistas.

"Não somos intransigentes, só lutamos pelo direito dos trabalhadores. Infelizmente algumas entidades reclamam pela falta de subsídios do poder público", enfatiza.

De acordo com o sindicato, que tem sede na Vila Bastos, em Santo André, o piso salarial dos trabalhadores do terceiro setor é de R$ 548. Com exceção dos menores aprendizes, que ganham R$ 416, além de copeiras, recepcionistas, mensageiros e serventes que recebem, no mínimo, R$ 505.

O dissídio será negociado no mês que vem. O sindicato quer um reajuste de 12% para a categoria.

A auxiliar de Educação Infantil, Tábata Áurea Silva, trabalha há três anos na creche Meimei Educação Infantil, de Santo André, e recebe o piso da categoria. Ela fez o Magistério na Fundação Santo André e afirma gostar do que faz. "Eu auxilio no processo de ensino de crianças. Ainda não sou sindicalizada, mas fico feliz em saber que existe uma entidade que trabalha a favor de nossa causa", salienta.




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