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Anfavea se queixa da queda de 40% nas exportações
25/02/2010 | 07:00
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No momento em que o governo discute medidas de estímulo ao setor exportador, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) esteve ontem no Ministério da Fazenda para se queixar da queda de 40% nas suas exportações em 2009.

A associação também pediu ao governo medidas que possam ajudar a recuperar as vendas. Apesar do bom momento vivido no mercado interno, as exportações do setor sofrem com a retração do mercado internacional, especialmente de três países: Argentina, México e Estados Unidos.

Segundo fonte do governo, esse é um problema sobre o qual a área econômica não tem como atuar. O outro fator que prejudica o segmento é o câmbio valorizado, que diminui a rentabilidade das vendas ao Exterior.

INTERVENÇÃO - Nesse ponto, o governo já definiu linha de atuação via compra de reservas pelo BC (Banco Central) e, por enquanto, apenas no discurso, pela possibilidade de o Tesouro também intervir no mercado de câmbio, como disse ontem o secretário do Tesouro Arno Augustin.

Mas esse modelo de atuação, pelo menos até agora, apenas evitou valorização ainda maior da moeda nacional, sem promover aumento da competitividade do câmbio brasileiro.

A presença da associação na secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda neste momento tem por objetivo colocar o setor na pauta de discussões do pacote de medidas para estimular as exportações, previsto para ficar pronto em meados de março.

FIM DO IPI REDUZIDO - Entre as propostas em estudo está a devolução mais rápida de créditos tributários para os exportadores. Além disso, o setor automotivo perderá, no fim de março, o incentivo concedido pelo governo no ano passado para estimular as vendas durante a crise internacional. As alíquotas de IPI para veículos retornam ao patamar original mais de um ano depois de serem reduzidas.

A Anfavea afirma, no entanto, que a prorrogação do incentivo não está na pauta de discussão. Tanto que, em janeiro, o setor automobilístico acumulou produtos para suprir as vendas de 36 dias.

O estoque também se deve à confiança da própria indústria no mercado.




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